São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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cenário romano

Roma empresta suas cores e monumentos ao cinema

ENTRE FONTES E PRAÇAS Produções como "A Princesa e o Plebeu", de William Wyler, que tem cena na piazza de Spagna, são um convite para conhecer a capital; a fontana di Trevi é um dos pontos turísticos preferidos dos diretores para filmagens

MARCIO FREITAS
ENVIADO ESPECIAL A ROMA

A cidade eterna nem precisava. Mesmo assim, foi imortalizada várias vezes nas telas dos cinemas. Não foram poucas as produções que consagraram suas ruas como cenário.
O cinema deu a Roma um toque a mais de cor e glamour. Emprestou a ela cenas marcantes e rostos conhecidos, e, em troca, usou suas construções, monumentos e cores.
"La Dolce Vita" (1960) é uma das produções mais emblemáticas. Foi na fontana di Trevi, com Anita Ekberg e Macello Mastroianni, que o diretor Federico Fellini (1920-1993) rodou uma das cenas mais belas da história do cinema.
Como o nome denuncia, essa fonte, construída em 1762, fica na piazza di Trevi -onde antes havia um aqueduto- e é a maior e mais famosa da cidade.
O mesmo lugar é cenário -e empresta sua fama ao título- do filme "A Fonte dos Desejos" ("Three Coins in the Fountain"; 1954), de Jean Negulesco (1900-1993). Ele conta a história de três americanas que vão à capital italiana com a intenção de encontrar um grande amor.
Para tanto, elas fazem um pedido enquanto arremessam moedas nas águas protegidas pela imagem de Netuno, figura central da fonte.
Roma também é estrela no filme "A Princesa e o Plebeu" ("Roman Holiday"; 1953), de William Wyler (1902-1981), que rendeu o Oscar de melhor atriz para Audrey Hepburn.
A produção fala de uma jovem princesa que, em visita oficial à cidade, e entediada com sua extensa agenda, decide sair escondida para conhecer a vida das pessoas comuns.
Ao lado do jornalista interpretado por Gregory Peck, ela passa por lugares imperdíveis em uma visita à cidade, como a scalinata di Spagna (a famosa escadaria da piazza de Spagna).
Estando por ali, aproveite para tomar um sorvete sentado na scalinata, observando o vaivém de turistas que fotografam a fonte de Barcaccia, abaixo, ou se dirigem à igreja Trinità dei Monti, do séc. 16, atrás, no alto.
A via Condotti, que começa bem em frente à fonte, é uma das ruas mais badaladas, com suas grandes grifes e o famoso Caffé Greco, ponto de encontro de artistas e poetas no séc. 18, como Goethe, Wagner e Bizet.
Mas a lista de filmes que emprestam os cenários de Roma não se limita a esses exemplos. Só para citar alguns, há "Roma, Cidade Aberta" (1946), de Roberto Rossellini (1906-1977), "Em Roma Na Primavera" (1961), de José Quintero (1924-1999), "Roma" (1972), de Federico Fellini, "Only You" (1994), de Norman Jewison, e "Gladiador" (2000), de Ridley Scott.


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