São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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cenário romano

Conheça melhor os museus do Vaticano antes da visita

OBRA-PRIMA RENASCENTISTA Visitar a capela Sistina, onde Michelangelo trabalhou durante quase 11 anos, é programa obrigatório na agenda do turista

DO ENVIADO ESPECIAL A ROMA

Com uma das mais significativas coleções de arte mundiais, os museus do Vaticano apresentam um acervo que impressiona tanto os conhecedores quanto os leigos. Os edifícios -que originalmente serviram de residência papal- foram construídos no Renascimento.
No séc. 18, os muitos anexos nasceram para abrigar as obras de arte colecionadas ao longo dos anos pela Igreja Católica.
Preciosidades egípcias, etruscas, gregas e até uma curiosa arte sacra moderna habitam as salas dos palácios. Pinturas de Rafael (1483-1520) decoram os quartos que foram de alguns papas.

Na capela
A capela Sistina é o ponto alto. Por encomenda do papa Sisto 4º, coincidentemente começou a ser construída no ano de nascimento de Michelangelo (1475-1564). Foi a ele que, em 1508, o papa Julio 2º encomendou a decoração da igreja.
Michelangelo trabalhou ali por quatro anos, passando boa parte do tempo deitado em um andaime, para os trabalhos no teto -exatamente para onde os olhos dos turistas são atraídos de forma quase automática.
O fato de o artista ter representado bem no centro do teto a criação de Adão não foi por acaso, já que se trata de uma pintura do Renascimento -movimento cultural em que o homem é considerado a principal criação divina.
Ao redor estão pintados os ancestrais de Cristo, como Salomão, alguns profetas, as sibilas e outras cenas do Velho Testamento. Na hora descansar o pescoço, mais agradáveis surpresas: nas paredes laterais, os olhos se deparam com obras de artistas como Botticelli (1445-1510), Perugino (1450-1523) e Ghirlandaio (1449-1494).
Mais de 20 anos depois, outro papa -desta vez Paulo 3º- convidou Michelangelo, em sua fase de maior maturidade, para pintar a parede do altar. É quando o artista começou a executar o "Juízo Final".
Foram mais sete anos de trabalho. O resultado? Uma das mais significativas obras-primas da história da arte.
A pintura representa as almas dos mortos como se estivessem sendo arrancadas à força para irem a julgamento.
Para auxiliar nas visitas aos museus, há um serviço de fones logo na entrada. Não há áudio em português e o negócio é se virar com a versão em espanhol ou em inglês. Entrar no site oficial do Vaticano (www.vatican.va), que tem links para visitas virtuais, é uma boa idéia para quem quiser chegar aos museus mais bem informado sobre o que vai encontrar.
(MARCIO FREITAS)


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