QUASE LÁ O local, em São Cristóvão, foi reconhecido como de valor universal, mas falta informação à candidatura, que deverá ser reapresentada no ano que vem

DA REPORTAGEM LOCAL

Na reunião do comitê da Unesco, que terminou na semana passada, um sítio brasileiro teve o título de patrimônio adiado. A praça São Francisco, localizada em São Cristóvão, cidade a 23 km de Aracaju, no Sergipe, teve sua candidatura reconhecida como tendo valor universal, recebendo a classificação "referral".
Isso quer dizer que o dossiê da candidatura deve ser complementado e reapresentado para votação, sem a necessidade de nova visita do Icomos, braço técnico da Unesco que avalia os locais a receberem o título de patrimônio.
As informações complementares requisitadas foram a inclusão, no tombamento, de uma porção maior da cidade, que contextualize a praça e o convento de São Francisco, o aprofundamento das descrições de enquadramento do sítio nos critérios propostos pela Declaração de Valor Universal e das justificativas de integridade e autenticidade do local e o aperfeiçoamento das propostas de gestão do local.
O prazo para o acréscimo das informações é de três anos, mas o Iphan anunciou que a candidatura da praça deve ser reapresentada já para a votação do ano que vem.

A praça
São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do Brasil. A praça e o convento são, segundo a delegação espanhola presente no comitê da Unesco, resultado das ordenações de origens filipina e espanhola em terras de então domínio português.
A igreja e convento de São Francisco, de 1693, abrigam o terceiro museu de arte sacra mais importante do Brasil. Também ao redor da praça, está a Santa Casa da Misericórdia, do século 17. (HELOISA LUPINACCI)


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