São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 2006

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Destino Grécia

Registros da Grécia Antiga ficam espalhados pela cidade, que é um museu exposto à poluição e ao clima

História se infiltra no dia-a-dia de Atenas

DO ENVIADO ESPECIAL À GRÉCIA

Do alto da Acrópole, colina que se ergue imponente no centro da cidade, Atenas figura como um belo quadro. A brisa que vem do mar, não distante dali, é um bálsamo no intenso calor do verão europeu, que neste ano chegou a quase 38C na capital grega.
De um lado, os olhos alcançam Pireu, porto de partida para as ilhas e para o Oriente. Do outro, se perdem nos vermelhos telhados dos bairros históricos. Alguns poucos prédios tumultuam o cenário, mas, ainda assim, comprova-se que há harmonia entre velho e novo.
Personagens que dão vida ao cenário, gregos e turistas se movimentam entre as estreitas ruas dos bairros de Plaka, Monastiraki e Psiri. O burburinho se estende por bares, tavernas e lojas -que vendem desde baratos produtos chineses a verdadeiras antigüidades.
A riqueza histórica de Atenas é uma exposição a céu aberto. Ruínas que datam de antes da Era Cristã podem ser vistas em toda parte. Entretanto, há a preocupação bastante clara do governo grego de preservar os sítios da ação do tempo, da natureza e dos homens. A maioria é ou está sendo catalogada.
"É uma pena que a cidade seja tão poluída. Isso vai acabar danificando os nossos monumentos", lamenta Alexander Papadopolus, nascido em Atenas e dono de um bar no centro da cidade. O trânsito caótico e os congestionamentos atestam o temor de Papadopolus.
"Mas, pelo menos, com os Jogos Olímpicos de 2004, nossa cidade foi arrumada e está linda", ressalva o ateniense com orgulho, se referindo aos investimentos feitos pelo governo e pela União Européia durante a última Olimpíada.
A cidade está mesmo arrumada e limpa. As autoridades capricharam na apresentação das obras. Cada uma delas ostenta uma placa explicativa dizendo quando foi encontrada e com qual objetivo foi construída. Para facilitar a vida dos forasteiros, as notas foram grafadas também em inglês.
Museus guardam os fragmentos e as peças mais valiosos descobertos em vários cantos da Grécia nos mais de 10 mil anos de civilização.

O dia-a-dia
Uma pequena, mas eficiente, linha de metrô passa pelo centro, ajudando o turista a se deslocar mais rapidamente entre os pontos históricos. A linha também faz a ligação entre o aeroporto e o porto de Pireu. A estação Monastiraki por si só já é um passeio. Ali estão ruínas que foram encontradas justamente quando os gregos decidiram erguer a estação.
Mas, como o centro da cidade não é tão grande, o melhor é conhecer Atenas em caminhadas, sentindo a vida e conhecendo os costumes da Grécia. Aliás, é impossível não parar diante dos quiosques de venda de jornais. Ainda que não seja possível checar as manchetes, já que não se entende o idioma, é uma oportunidade para conhecer e, se quiser, comprar divertidos refrigerantes, cervejas e salgadinhos locais.
Atenção se for usar um táxi. Não raro, você está dentro do veículo e de repente o motorista pára e deixa entrar outra pessoa. Em Atenas, é comum o táxi solidário. Entretanto, cada qual paga sua parcela na corrida -combinada previamente com o motorista, uma vez que não há taxímetro. Se o destino é o mesmo, os passageiros simplesmente dividem o valor. Portanto, não deixe de dar sinal a um táxi mesmo que ele esteja ocupado. (FABIO MARRA)


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