São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 2006

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Destino Grécia

Escondido em prédio comum, o Museu Nacional de Arqueologia tem acervo dividido em sete períodos

Fachada simples oculta saga de coleção

DO ENVIADO ESPECIAL À GRÉCIA

A fachada do Museu Nacional Arqueológico da Grécia não é das mais atrativas. A arquitetura do edifício parece muito com a de outros prédios da região. E isso pode levar o turista desavisado a passar batido por esse que é um dos mais importantes museus do mundo.
Criado originalmente na ilha de Egina, em 1829, para guardar monumentos e peças que resistiram a inúmeras invasões e também à guerra pela independência (de 1821 a 1833), o museu hoje organiza e cataloga um valiosíssimo acervo de cerâmicas, esculturas e pedras preciosas lapidadas em jóias.

Saga
O prédio atual começou a ser construído em Atenas em 1866 e foi inaugurado em 1881. Foi ampliado em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), o museu passou por momentos dramáticos. Para proteger o acervo de invasores, saques e bombardeios, algumas peças foram retiradas do museu e escondidas em várias regiões do país. Algumas chegaram a ser enterradas com a intenção de proteção.
O museu foi reaberto em 1946, mas foi só no começo dos anos 90 que se reorganizou e catalogou as peças, o que permitiu enriquecer as visitas.
O passeio é uma verdadeira viagem no tempo, com direito a conhecer o minucioso trabalho de uma escavação arqueológica. Logo na entrada, o visitante pode ver a máscara de Agamenon, esculpida em fina lâmina de ouro no século 16 a.C. A estátua "Jóquei Menino", esculpida em bronze no ano 140 a.C., e a estátua "Possêidon", também em bronze, com mais de dois metros de altura, talhada em 460 a.C., são destaques da visita.
A coleção permanente está dividida em sete períodos: a coleção neolítica, que apresenta peças datadas de 6800 a 3300 a.C.; a coleção cicládica, de esculturas da Idade do Bronze (3300 a 2000 a.C.); os afrescos de Fira, do século 15 a.C.; a coleção micênica, com peças remanescentes da civilização cujo apogeu se deu entre 1400 a.C. e 1300 a.C.; a coleção de esculturas geométricas e arcaicas; a coleção de esculturas helenísticas e romanas, com obras variadas de 7000 a.C. até início da Era Cristã; e a coleção de vasos e cerâmicas, que apresenta peças na seqüência cronológica de 1100 a.C. a 400 a.C.
O museu guarda ainda outras coleções menores quantitativamente, mas não menos valiosas aos olhos dos apreciadores da arte. A de peças em bronze e a egípcia são dois exemplos. Destaca-se ainda a rica coleção Stathatos, com 970 trabalhos, a maioria jóias em ouro feitas na Idade do Bronze.


Museu Arqueológico Nacional
rua Patission, 44, Atenas; tel.: 00/ xx/30/210/821-7717; às segundas, das 13h às 19h30, e de terça a domingo, das 8h às 19h30; ingresso: € 7 www.culture.gr/2/21/214/21405m/e21405m1.html


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