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Destino Grécia
Escondido em prédio comum, o Museu Nacional de Arqueologia tem acervo dividido em sete períodos
Fachada simples oculta saga de coleção
DO ENVIADO ESPECIAL À GRÉCIA
A fachada do Museu Nacional Arqueológico da Grécia não
é das mais atrativas. A arquitetura do edifício parece muito
com a de outros prédios da região. E isso pode levar o turista
desavisado a passar batido por
esse que é um dos mais importantes museus do mundo.
Criado originalmente na ilha
de Egina, em 1829, para guardar monumentos e peças que
resistiram a inúmeras invasões
e também à guerra pela independência (de 1821 a 1833), o
museu hoje organiza e cataloga
um valiosíssimo acervo de cerâmicas, esculturas e pedras
preciosas lapidadas em jóias.
Saga
O prédio atual começou a ser
construído em Atenas em 1866
e foi inaugurado em 1881. Foi
ampliado em 1939. Durante a
Segunda Guerra Mundial
(1939-45), o museu passou por
momentos dramáticos. Para
proteger o acervo de invasores,
saques e bombardeios, algumas
peças foram retiradas do museu e escondidas em várias regiões do país. Algumas chegaram a ser enterradas com a intenção de proteção.
O museu foi reaberto em
1946, mas foi só no começo dos
anos 90 que se reorganizou e
catalogou as peças, o que permitiu enriquecer as visitas.
O passeio é uma verdadeira
viagem no tempo, com direito a
conhecer o minucioso trabalho
de uma escavação arqueológica. Logo na entrada, o visitante
pode ver a máscara de Agamenon, esculpida em fina lâmina
de ouro no século 16 a.C.
A estátua "Jóquei Menino",
esculpida em bronze no ano
140 a.C., e a estátua "Possêidon", também em bronze, com
mais de dois metros de altura,
talhada em 460 a.C., são destaques da visita.
A coleção permanente está
dividida em sete períodos: a coleção neolítica, que apresenta
peças datadas de 6800 a 3300
a.C.; a coleção cicládica, de esculturas da Idade do Bronze
(3300 a 2000 a.C.); os afrescos
de Fira, do século 15 a.C.; a coleção micênica, com peças remanescentes da civilização cujo
apogeu se deu entre 1400 a.C. e
1300 a.C.; a coleção de esculturas geométricas e arcaicas; a coleção de esculturas helenísticas
e romanas, com obras variadas
de 7000 a.C. até início da Era
Cristã; e a coleção de vasos e cerâmicas, que apresenta peças
na seqüência cronológica de
1100 a.C. a 400 a.C.
O museu guarda ainda outras
coleções menores quantitativamente, mas não menos valiosas
aos olhos dos apreciadores da
arte. A de peças em bronze e a
egípcia são dois exemplos. Destaca-se ainda a rica coleção Stathatos, com 970 trabalhos, a
maioria jóias em ouro feitas na Idade do Bronze.
Museu Arqueológico Nacional
rua Patission, 44, Atenas; tel.: 00/
xx/30/210/821-7717; às segundas,
das 13h às 19h30, e de terça a domingo, das 8h às 19h30; ingresso: € 7
www.culture.gr/2/21/214/21405m/e21405m1.html
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