De 24/2 a 24/3, obra de artista plástico italiano que adotou o centro da cidade é exposta no Salve Jorge

DA REDAÇÃO

Morto prematuramente, Vincenzo Scarpellini (1961-2006) foi um italiano que adotou o Brasil. Aliás, foi um designer gráfico e artista plástico que, movido à sensibilidade, apadrinhou o centro de São Paulo, onde viveu uma década. E nesse tempo, colocou seu traço sereno e criativo a serviço da cidade, descrevendo com sensibilidade construtivista e cores vivas a beleza recôndita -e algo encardida- da sua arquitetura de época, a pressa dos seus personagens, a alegria e a miséria dos moradores de rua. Reunidas na exposição "Cidade Nua", diversas dessas ilustrações estarão expostas no recém-aberto bar Salve Jorge, na praça Antonio Prado, 33 -em frente à Bolsa de Mercadoria e Futuros, vizinho dos edifícios do Banespa e do Martinelli.

"Urbanidade"
Autor da penúltima reforma gráfica da Folha, em maio de 2000, Scarpellini publicou suas ilustrações "paulistanas" na coluna "Urbanidade", de Gilberto Dimenstein, no caderno Cotidiano, a partir de novembro daquele ano. Muitos desses desenhos estão reunidos em "São Paulo -Vidas" e "São Paulo -Trânsitos", livros da editora Ateliê.
Ainda em 2005, o artista, já doente, voltou à sua cidade natal, Ascoli Piceno, na Itália, para uma mostra de desenhos, óleos e cerâmicas no Palazzo dei Capitani. Algumas dessas obras, publicadas no Brasil sob o título "Nós", também serão expostas no novo Salve Jorge.

Vida
Na Itália, Vincenzo Scarpellini foi, entre 1989 e 1995, diretor de arte do "Il Manifesto", bem como do suplemento "Suq". Chegando ao Rio, renovou a revista "Manchete" e, em 1997, em São Paulo, reformulou a revista "A&D", editada pela Abril.
(SC)