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PROVENÇA
Cidade portuária é ponto de partida para o castelo que teria inspirado romance do escritor Alexandre Dumas
Marselha faz lembrar o Rio de Janeiro
da enviada especial à Provença
Cidade grande e portuária, Marselha se distingue por ser uma metrópole bela que faz lembrar o Rio
de Janeiro. Com 57 km de litoral e
aos pés de colinas, Marselha abriga
820 mil habitantes, que em sua
maioria são devotos a Nôtre-Dame
de la Garde e a chamam de "bonne
mére" (boa mãe).
Construída entre 1853 e 1864, a
basílica neobizantina de Nôtre-Dame de la Garde tem no alto uma
enorme estátua dourada da Virgem, que pode ser vista de qualquer canto da cidade.
A igreja chega a atingir 46 metros
de altura e é um dos pontos mais
visitados. Seu interior é revestido
por mosaicos bem coloridos e revestimentos de mármore.
No passado, Marselha se tornou
"a porta para o oeste" para grande
parte do comércio oriental por ter
o maior porto e ser a segunda
maior cidade da França.
Um ponto de beleza da cidade é o
porto Vieux (antigo), onde hoje ficam ancoradas várias embarcações. Atualmente, esse porto só recebe pequenos barcos, mas ainda
mantém o mercado de peixes,
aberto diariamente.
Na região do porto Vieux estão
concentrados vários hotéis, que
aproveitam a vista dos quartos para atrair turistas, e os restaurantes
à beira-mar. Um dos pratos típicos
da região é o "bouillabaisse", um
tipo de sopa de peixe que lembra a
caldeirada brasileira.
A "bouillabaisse" traz vários produtos do mar, como diabo-marinho, salmonete, vermelho, peixe-escorpião e enguia-marinha, todos
temperados com tomates, açafrão
e azeite de oliva. O caldo do peixe é
servido primeiro, com torradas e
um molho bem picante. O peixe é
trazido depois, e o cliente pode pedir mais caldo para acompanhar. É
um prato bem forte e picante, mas
vale a pena provar.
Outra opção de passeio é caminhar na beira do porto Vieux, mas
o visitante deve evitar andar sozinho e à noite, porque a cidade tem
alguns dos problemas típicos de
metrópoles, como a violência.
A Château de If, que também recebe a visita de muitos turistas, é
uma pequena ilha que fica 2 km a
sudoeste do porto. O forte foi erguido em 1524 para guardar a artilharia, mas nunca chegou a ser
usado. Tornou-se depois uma prisão, que chegou a ser cenário do livro "O Conde de Monte Cristo", de
Alexandre Dumas. O "château" é
aberto à visitação, e há uma cela especial, com um buraco de fuga.
Considerado o primeiro porto de
recreio europeu, Marselha oferece
durante o verão as praias como
umas das principais atrações e
promove atividades náuticas.
Na cidade há pequenas ruas, praças tranquilas, prédios do século 18
e apresenta uma região agitadíssima: a do bulevar Canebière e da Cité Radieuse, um complexo residencial moderno criado em 1952,
caracterizado por um grande bloco de concreto com centenas de janelas pequenas e coloridas.
O bulevar Canebière foi uma das
mais célebres avenidas no passado
e traz hoje vestígios de sua importância. Nela foram instalados o Palácio da Bolsa, os cafés mais glamourosos, hotéis de viajantes e antigos palácios.
(CC)
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