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NO MUNDO DOS BALÕES
Deslize no ar a até mil metros de altura
Aeronave, que não tem propulsão própria, voa de acordo com a direção e a velocidade dos ventos
Luisa Alcantara e Silva/Folha Imagem
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BOITUVA (SP)
LUISA ALCANTARA E SILVA
ENVIADA ESPECIAL A BOITUVA (SP)
Voar de balão é um passeio
daqueles que a gente guarda
para sempre na memória. A experiência é como deslizar no ar
-a uma distância de até mil
metros do solo, a uma velocidade que varia de 5 a 10 km/h,
apenas observando a paisagem,
onde quer que você esteja.
Seja em Boituva, interior de
São Paulo (a 120 km da capital)
ou na Capadócia, na Turquia, a
sensação de tranquilidade sempre vem. Nesta edição, reportagens revelam como é a experiência em um voo de balão turístico, que, de acordo com a
CBB (Confederação Brasileira
de Balonismo), está em "franca
expansão no país".
Uma das vertentes que está
fazendo com que a prática aumente no país é o número de
competições nacionais. Até
2008, disputava-se aqui quatro
provas. Para este ano, a previsão é de que haja 12 campeonatos. Outro fator que mostra o
crescimento do balonismo no
Brasil é a quantidade de pilotos
que se formaram no ano passado: oito. Ok, o número é pequeno, mas, se colocado no universo total de pilotos que trabalham atualmente no Brasil, oito
é um número bem representativo -o país possui 50 pilotos.
Esses profissionais atuam
em voos turísticos e em campeonatos. Os de passeio ocorrem, segundo a CBB, em São
Paulo (principalmente em Boituva -leia ao lado- e Piracicaba), no Rio de Janeiro (na capital e em Seropédica), em Minas
Gerais (em São Lourenço), no
Rio Grande do Sul (em Torres)
e no Paraná (em Maringá).
Recorde
O balão está longe de ser um
meio de transporte convencional, mas, na página F5, o balonista britânico Brian Jones
conta um pouquinho sobre as
suas peripécias no ar. Em 1999,
ele se aventurou, com o colega
Bertrand Piccard, em um aeróstato por 19 dias, batendo o
recorde mundial ao dar a volta
ao mundo em um balão.
Sem medo de voar
No Brasil, o balão mais comum é o de oito ou 12 pessoas.
Algumas empresas já têm aeronaves que comportam 16 passageiros, mas não são tão normais. O tamanho não interfere
no preço, mas possibilita o passeio de grupos maiores.
Quem tem medo, pode ficar
despreocupado. "O balão é a
menos perigosa das aeronaves", afirma Edson Romagnoli,
presidente da CBB. Não há, por
exemplo, restrição a pessoas
com problemas cardíacos.
Balonismo pioneiro
O pioneiro do balão foi o brasileiro Bartolomeu de Gusmão
(1685-1724), que conseguiu levantar um balão no século 18.
Ele ficou conhecido como o
"padre voador". Mais de dois
séculos depois, Alberto Santos
Dumont (1873-1932) foi para a
França, onde entrou em contato com o balonismo. Em 1900
ele já havia construído nove balões -um deles havia ganhado
um torneio, depois de percorrer 325 quilômetros.
Anos mais tarde, Victorio
Truffi se destacou ao voar em
um balão pela primeira vez na
América do Sul, aos 57 anos. A
façanha ocorreu em 25 de outubro de 1970, em Araraquara (a
273 km da capital), com um balão de 35 metros de diâmetro.
Ele conseguiu chegar a 500 metros de altura.
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