São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009

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AMAZÔNIA DE A A Z

Veja como são passeios em cruzeiro e em hotel de selva

Ida à Amazônia é para contemplar a mata; animais quase não aparecem, em especial na época das cheias

DA ENVIADA ESPECIAL À AMAZÔNIA

Cruzeiro ou hotel de selva?
Não adianta tentar escolher o tipo de passeio que você mais gostaria de fazer pela Amazônia se baseando na programação oferecida por uma e por outra opção. É que os passeios que constam nos pacotes dos cruzeiros e dos hotéis de selva costumam ser muito parecidos.
Tem visita à comunidade local, caminhada na floresta, ida ao encontro da águas, pesca de piranha e saídas em canoas para fazer focagem de jacaré, ver o boto cor-de-rosa ou pássaros.
Então, na hora de escolher, leve em conta o tipo de sensação que você gostaria de ter durante a viagem. A seguir, saiba mais sobre cada uma das opções.

Pela terra
Em um hotel de selva, a maioria dos passeios acontece ali por perto mesmo. Para fazer a focagem de jacaré, por exemplo, a saída de canoa é pelas proximidades do hotel. E não demora para que os turistas vejam os olhinhos brilhantes dos répteis. Se o guia conseguir pegar um deles -missão nada fácil, aliás-, a foto clássica do turista segurando um jacarezinho estará garantida.
Para um passeio pela floresta para conhecer algumas espécies de árvores e aprender com os guias uma porção de técnicas de sobrevivência na selva, basta sair pelos fundos. Literalmente, pelo "quintal" do hotel.
Resumindo, em um hotel de selva tudo fica mais à mão. A ordem é relaxar, sem descuidar do relógio -os guias dificilmente esperam os retardatários para os passeios. No horário combinado, a turma sai.
Ficando em um hotel que ofereça acesso à internet, por exemplo, tente resistir àquela checadinha básica dos e-mails. Como o celular costuma pegar nas dependências, outra boa dica é "esquecê-lo" em casa.

Pela água
Já em um cruzeiro, o turista conta mais com o acaso -e não corre o risco de cair na tentação de ver e-mails ou ficar no celular. Não há computador. E em raríssimos momentos da viagem o aparelho dará sinal.
A reportagem esteve a bordo do barco premium do Amazon Clipper (www.amazonclipper.com), pelo rio Negro. Nos horários determinados para cada passeio, o barco para no meio do rio, e as turmas -geralmente divididas pelos idiomas falados- saem para os passeios em canoas. Em poucos minutos, o canoeiro e o guia viram os seus melhores amigos. Sem eles, a maioria dos turistas fica sem a menor noção de como voltar ao barco.
Como as paradas não costumam ser perto de hotéis -e, portanto, longe de restos de alimentos-, fica mais difícil encontrar jacarés, aves e peixes.
Na época das cheias, em especial, dá para ver pouca vida na parte da floresta que fica mais à vista dos turistas. É que os animais são atraídos pelos frutos das árvores. Quanto mais elas estiverem embaixo d'água, menos eles vão dar as caras. Mas a vista indescritível da mata refletida nas águas do rio Negro e a sensação de estar no meio daquela imensidão verde compensam tudo.
Não deixe de fazer os passeios noturnos. Iluminado pelas estrelas, o rio Negro reflete ainda mais intensamente as árvores, fazendo com que você navegue sobre um espelho d'água no meio de um recital de sapos e pererecas -som que, a partir do fim da tarde, domina e contagia a floresta.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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