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AMAZÔNIA DE A A Z
Veja como são passeios em cruzeiro e em hotel de selva
Ida à Amazônia é para contemplar a mata; animais quase não aparecem, em especial na época das cheias
DA ENVIADA ESPECIAL À AMAZÔNIA
Cruzeiro ou hotel de selva?
Não adianta tentar escolher o
tipo de passeio que você mais
gostaria de fazer pela Amazônia se baseando na programação oferecida por uma e por outra opção. É que os passeios que
constam nos pacotes dos cruzeiros e dos hotéis de selva costumam ser muito parecidos.
Tem visita à comunidade local, caminhada na floresta, ida
ao encontro da águas, pesca de
piranha e saídas em canoas para fazer focagem de jacaré, ver o
boto cor-de-rosa ou pássaros.
Então, na hora de escolher, leve
em conta o tipo de sensação
que você gostaria de ter durante a viagem. A seguir, saiba mais
sobre cada uma das opções.
Pela terra
Em um hotel de selva, a
maioria dos passeios acontece
ali por perto mesmo. Para fazer
a focagem de jacaré, por exemplo, a saída de canoa é pelas
proximidades do hotel. E não
demora para que os turistas vejam os olhinhos brilhantes dos
répteis. Se o guia conseguir pegar um deles -missão nada fácil, aliás-, a foto clássica do turista segurando um jacarezinho estará garantida.
Para um passeio pela floresta
para conhecer algumas espécies de árvores e aprender com
os guias uma porção de técnicas de sobrevivência na selva,
basta sair pelos fundos. Literalmente, pelo "quintal" do hotel.
Resumindo, em um hotel de
selva tudo fica mais à mão. A ordem é relaxar, sem descuidar
do relógio -os guias dificilmente esperam os retardatários para os passeios. No horário combinado, a turma sai.
Ficando em um hotel que
ofereça acesso à internet, por
exemplo, tente resistir àquela
checadinha básica dos e-mails.
Como o celular costuma pegar
nas dependências, outra boa dica é "esquecê-lo" em casa.
Pela água
Já em um cruzeiro, o turista
conta mais com o acaso -e não
corre o risco de cair na tentação
de ver e-mails ou ficar no celular. Não há computador. E em
raríssimos momentos da viagem o aparelho dará sinal.
A reportagem esteve a bordo
do barco premium do Amazon
Clipper (www.amazonclipper.com), pelo rio Negro. Nos
horários determinados para
cada passeio, o barco para no
meio do rio, e as turmas -geralmente divididas pelos idiomas falados- saem para os
passeios em canoas. Em poucos minutos, o canoeiro e o
guia viram os seus melhores
amigos. Sem eles, a maioria dos
turistas fica sem a menor noção de como voltar ao barco.
Como as paradas não costumam ser perto de hotéis -e,
portanto, longe de restos de alimentos-, fica mais difícil encontrar jacarés, aves e peixes.
Na época das cheias, em especial, dá para ver pouca vida
na parte da floresta que fica
mais à vista dos turistas. É que
os animais são atraídos pelos
frutos das árvores. Quanto
mais elas estiverem embaixo
d'água, menos eles vão dar as
caras. Mas a vista indescritível
da mata refletida nas águas do
rio Negro e a sensação de estar
no meio daquela imensidão
verde compensam tudo.
Não deixe de fazer os passeios noturnos. Iluminado pelas estrelas, o rio Negro reflete
ainda mais intensamente as árvores, fazendo com que você
navegue sobre um espelho d'água no meio de um recital de
sapos e pererecas -som que, a
partir do fim da tarde, domina
e contagia a floresta.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)
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