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SABOR SALVADOR
Restaurante rústico tem prato com quê de feijoada afro-indígena
A Venda serve maniçoba confiável
DO ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
Em Salvador, se o programa for
comer maniçoba, uma espécie de
feijoada esverdeada, meio indígena e meio afro-brasileira, o boteco
A Venda, na Boca do Rio, próximo ao Aeroclube, é o endereço.
Rústico ao extremo, ele serve
uma maniçoba na cumbuca (R$
13, serve dois), acompanhada de
farinha amarelinha, daquelas vindas de Nazaré das Farinhas.
Feita à base de folhas de mandioca-brava muito lavadas e espremidas para tirar o ácido, a maniçoba encerra alguma aventura
-não é para estômagos sensíveis.
Os soteropolitanos dispensam o
arroz, mas a heterodoxia vale a
pena. O purê de aipim também
acompanha bem a iguaria, que
tem na mistura carne de porco.
A Venda, não é demais ressaltar,
não é desses lugares para gente de
cerimônia: só tem vinho ruim no
cardápio, e a única sobremesa disponível é picolé da Nestlé. Mas
seus bolinhos são realmente imbatíveis (R$ 8 a porção com oito,
de queijo, charque, frango, calabresa, bacalhau etc.). Já a carne de
fumeiro, um lombo de porco levemente defumado e cortado em
cubos, acebolada, é a pedida para
o tira-gosto.
(SILVIO CIOFFI)
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