São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2005

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SABOR SALVADOR

Restaurante rústico tem prato com quê de feijoada afro-indígena

A Venda serve maniçoba confiável

DO ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

Em Salvador, se o programa for comer maniçoba, uma espécie de feijoada esverdeada, meio indígena e meio afro-brasileira, o boteco A Venda, na Boca do Rio, próximo ao Aeroclube, é o endereço.
Rústico ao extremo, ele serve uma maniçoba na cumbuca (R$ 13, serve dois), acompanhada de farinha amarelinha, daquelas vindas de Nazaré das Farinhas.
Feita à base de folhas de mandioca-brava muito lavadas e espremidas para tirar o ácido, a maniçoba encerra alguma aventura -não é para estômagos sensíveis.
Os soteropolitanos dispensam o arroz, mas a heterodoxia vale a pena. O purê de aipim também acompanha bem a iguaria, que tem na mistura carne de porco.
A Venda, não é demais ressaltar, não é desses lugares para gente de cerimônia: só tem vinho ruim no cardápio, e a única sobremesa disponível é picolé da Nestlé. Mas seus bolinhos são realmente imbatíveis (R$ 8 a porção com oito, de queijo, charque, frango, calabresa, bacalhau etc.). Já a carne de fumeiro, um lombo de porco levemente defumado e cortado em cubos, acebolada, é a pedida para o tira-gosto. (SILVIO CIOFFI)


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