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ORIENTE MÉDIO REAL
País é mais que simples parada em tour à região
Hospitalidade, ao lado de sítios arqueológicos e atrações naturais, é grande destaque de visita à Jordânia
Priscila Pastre-Rossi/Folha Imagem
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Beduíno diante do Tesouro, monumento escavado na rocha no sítio arqueológico de Petra
PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL À JORDÂNIA
Ponto de equilíbrio entre um
país árabe que parece parado
no tempo e a aceitação à cultura ocidental, a Jordânia se firma como uma ponte entre o
Oriente e o Ocidente.
A maior parte dos 3,7 milhões de turistas que visitaram
o país em 2008, passaram por
ali por incluírem Petra no roteiro de sua viagem por outros
países da região.
De fato, Petra com seus monumentos escavados nas gigantescas montanhas de pedra e
famosa no mundo todo depois
de "Indiana Jones e a Última
Cruzada", de 1989, é o lugar
mais incrível da Jordânia e a
grande responsável por colocar
o país no mapa do turismo do
Oriente Médio.
Mas agora o plano do ministério do Turismo, chefiado por
uma mulher, Maha al Khatib, é
usar este cartão de visitas para
apresentar outras regiões bastante interessantes, que podem
fazer com que o país deixe de
ser um destino de passagem.
Motivos não faltam. Há as
ruínas de Jerash -uma das
mais bem preservadas cidades
romanas do Oriente Médio-, e
todo um circuito religioso, importante para muçulmanos, judeus e católicos.
Outro destaque, que torna o
destino merecedor de uma visita mais atenta e demorada, são
as pessoas. Hospitalidade é a
marca registrada nesse país de
seis milhões de habitantes.
Estando lá, dificilmente você
não será convidado para almoçar ou jantar com uma família.
Seja para uma refeição completa numa casa da periferia de
Amã ou para dividir um pedaço
de pão com ovo mexido e chá
numa caverna em Petra.
Em poucos dias, a cultura local conquista. As mulheres não
precisam se preocupar: turistas
não precisam usar burca ou
lenços. Exemplo de mulher
moderna, a rainha Rania al Abdullah é ícone para a nova geração. De origem palestina, nasceu no Kuait e foi educada na
Universidade Americana do
Cairo. Nitidamente ocidentalizada, faz uma ponte entre os
costumes tradicionais e o mundo moderno. Seu marido, o rei
Abdullah, é de origem hachemita. Os hachemitas são minoria na população, mas tradicionalmente detém o poder. O casal real sintetiza, na prática, a
sociedade jordaniana atual.
PRISCILA PASTRE-ROSSI viajou à Jordânia a
convite do Jordan Tourism Board, nos EUA
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