São Paulo, quinta-feira, 19 de março de 2009

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ORIENTE MÉDIO REAL

País é mais que simples parada em tour à região

Hospitalidade, ao lado de sítios arqueológicos e atrações naturais, é grande destaque de visita à Jordânia

Priscila Pastre-Rossi/Folha Imagem
Beduíno diante do Tesouro, monumento escavado na rocha no sítio arqueológico de Petra

PRISCILA PASTRE-ROSSI
ENVIADA ESPECIAL À JORDÂNIA

Ponto de equilíbrio entre um país árabe que parece parado no tempo e a aceitação à cultura ocidental, a Jordânia se firma como uma ponte entre o Oriente e o Ocidente.
A maior parte dos 3,7 milhões de turistas que visitaram o país em 2008, passaram por ali por incluírem Petra no roteiro de sua viagem por outros países da região.
De fato, Petra com seus monumentos escavados nas gigantescas montanhas de pedra e famosa no mundo todo depois de "Indiana Jones e a Última Cruzada", de 1989, é o lugar mais incrível da Jordânia e a grande responsável por colocar o país no mapa do turismo do Oriente Médio.
Mas agora o plano do ministério do Turismo, chefiado por uma mulher, Maha al Khatib, é usar este cartão de visitas para apresentar outras regiões bastante interessantes, que podem fazer com que o país deixe de ser um destino de passagem. Motivos não faltam. Há as ruínas de Jerash -uma das mais bem preservadas cidades romanas do Oriente Médio-, e todo um circuito religioso, importante para muçulmanos, judeus e católicos. Outro destaque, que torna o destino merecedor de uma visita mais atenta e demorada, são as pessoas. Hospitalidade é a marca registrada nesse país de seis milhões de habitantes. Estando lá, dificilmente você não será convidado para almoçar ou jantar com uma família. Seja para uma refeição completa numa casa da periferia de Amã ou para dividir um pedaço de pão com ovo mexido e chá numa caverna em Petra.
Em poucos dias, a cultura local conquista. As mulheres não precisam se preocupar: turistas não precisam usar burca ou lenços. Exemplo de mulher moderna, a rainha Rania al Abdullah é ícone para a nova geração. De origem palestina, nasceu no Kuait e foi educada na Universidade Americana do Cairo. Nitidamente ocidentalizada, faz uma ponte entre os costumes tradicionais e o mundo moderno. Seu marido, o rei Abdullah, é de origem hachemita. Os hachemitas são minoria na população, mas tradicionalmente detém o poder. O casal real sintetiza, na prática, a sociedade jordaniana atual.


PRISCILA PASTRE-ROSSI viajou à Jordânia a convite do Jordan Tourism Board, nos EUA


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