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ORIENTE MÉDIO REAL
Foco
Turista voluntário conhece vida na periferia de Amã e ganha banquete caseiro
Após ajudar a erguer uma casa, grupo faz refeição com família e aprende regra do cumprimento local
DA ENVIADA ESPECIAL A AMÃ
Horário: 6h.
Missão: fazer
cimento, transportar tijolos
até a obra e levantar um muro. Na hora de fechar um pacote para conhecer a Jordânia, vale -e muito!- falar
com a agência de turismo sobre a possibilidade de participar de pelo menos um dia de
programa de trabalho voluntário (www.seejordan.org/voluntourism).
A Folha participou de uma
dessas ações na periferia de
Amã. O objetivo era ajudar na
construção da casa de Ahmad
Hussein, 35, e Nesreeh, 34,
casal com três filhos que entrou em um programa especial de financiamento do governo para famílias carentes.
Em uma manhã regada a
chá, as cerca de 30 pessoas
que arregaçaram as mangas
adiantaram em duas semanas
o trabalho dos dois pedreiros.
Por volta das 14h, o prêmio:
um almoço com a família,
preparado por Nesreeh na casinha em que os cinco vivem
enquanto esperam a nova ficar pronta. Ela muda os poucos móveis de lugar, põe e tira
colchonetes, pede para o marido ficar lá fora para não
atrapalhar a arrumação e encontra, finalmente, uma forma de abrigar tanta gente
num espaço tão pequeno.
E chega o banquete: tradicional, servido no chão da sala -onde, aliás, só se deve entrar descalço. Ela não come.
Só observa, à procura de rostos de satisfação. E, claro, encontra vários deles. No final,
café. Bem forte, marcado pelo
gosto do pó de cardamomo.
A hora de se despedir é às
16h. Homens beijam homens.
Mulheres beijam mulheres. E
mais uma lição de etiqueta:
Nesreeh recebe um beijo de
um lado do rosto e três do outro - é que o número de beijos corresponde à quantidade
de filhos.
(PPR)
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