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sabor natalino
Pratos de Natal levam a viagem por 12 países
ALÉM DO PERU Famílias reafirmam identidade e tradição em pratos típicos
PRISCILA PASTRE-ROSSI
DA REDAÇÃO
Nem só de peru é feita a mesa
de Natal. Famílias com ascendência estrangeira levam à ceia
pratos típicos de seus países. E,
para a sorte dos brasileiros, o
Natal por aqui acaba se transformando num caleidoscópio
de tradições e temperos.
O melhor disso tudo é aproveitar para levar alguns desses
pratos para a sua mesa. Para
homenagear outras culturas
ou, simplesmente, para provar
novos -e inusitados- sabores.
Experimentando as delícias
de outros povos, você conhecerá a pavlova, uma sobremesa
gelada da Nova Zelândia que
recebeu esse nome em homenagem à bailarina russa Anna
Pavlova (1881-1931); divertirá
as crianças com o gingerbread,
bonequinhos comestíveis que
costumam ser pendurados nas
árvores de Natal; e deixará a
ceia mais bonita com o büche
de Noël, doce inventado no século 19, coberto com manteiga
e chocolate, cujo formato imita
o tronco de uma árvore.
Diretamente ligada à gastronomia, a história e as crenças
de cada um desses lugares fascina. Os alemães, por exemplo,
antigamente acreditavam que
se o Natal não fosse comemorado, seriam todos assombrados
à noite. E como festa que é festa
tem de ter boa comida, nasceu
o stollen, um pão com passas,
frutas cristalizadas, raspas de
limão, laranja e cardamomo.
Este último, usado desde a época do Antigo Egito com uma finalidade que ia além do tempero de pratos: do cardamomo era
preparada uma essência para
embalsamar os mortos.
Segundo Sandro Dias, professor de história da gastronomia do Centro Universitário
Senac de Águas de São Pedro,
basicamente por dois motivos:
"Primeiro porque o óleo era um
aliado na conservação dos corpos. Segundo, porque ajudava a
perfumar", conta.
Pesquisar sobre a gastronomia natalina de cada país é assim: a origem de cada prato leva
a curiosidades sobre a origem
de cada tempero. E a origem de
cada tempero leva a saborosas
viagens pela história.
Mantendo a tradição
Nas páginas a seguir, conheça três mulheres que levam em
frente os costumes de suas famílias na ceia de Natal.
São elas: Ludmila
Szymansky, 73, que saiu da
Ucrânia ainda criança para fugir da ocupação soviética; a russa Natália Chpatova, 35, que
mora há 15 anos no Brasil; e
Maria Helena da Silva Barbosa,
54, descendente de alemães.
Elas contam como costuma ser
a festa em suas casas e dão dicas
de receitas dos pratos típicos de
cada nacionalidade.
Para quem quiser distância
da cozinha, o caderno traz 17
pacotes de Natal.
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