São Paulo, quinta-feira, 19 de novembro de 2009

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sabor natalino

Pratos de Natal levam a viagem por 12 países

ALÉM DO PERU Famílias reafirmam identidade e tradição em pratos típicos

PRISCILA PASTRE-ROSSI
DA REDAÇÃO

Nem só de peru é feita a mesa de Natal. Famílias com ascendência estrangeira levam à ceia pratos típicos de seus países. E, para a sorte dos brasileiros, o Natal por aqui acaba se transformando num caleidoscópio de tradições e temperos.
O melhor disso tudo é aproveitar para levar alguns desses pratos para a sua mesa. Para homenagear outras culturas ou, simplesmente, para provar novos -e inusitados- sabores.
Experimentando as delícias de outros povos, você conhecerá a pavlova, uma sobremesa gelada da Nova Zelândia que recebeu esse nome em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova (1881-1931); divertirá as crianças com o gingerbread, bonequinhos comestíveis que costumam ser pendurados nas árvores de Natal; e deixará a ceia mais bonita com o büche de Noël, doce inventado no século 19, coberto com manteiga e chocolate, cujo formato imita o tronco de uma árvore.
Diretamente ligada à gastronomia, a história e as crenças de cada um desses lugares fascina. Os alemães, por exemplo, antigamente acreditavam que se o Natal não fosse comemorado, seriam todos assombrados à noite. E como festa que é festa tem de ter boa comida, nasceu o stollen, um pão com passas, frutas cristalizadas, raspas de limão, laranja e cardamomo. Este último, usado desde a época do Antigo Egito com uma finalidade que ia além do tempero de pratos: do cardamomo era preparada uma essência para embalsamar os mortos.
Segundo Sandro Dias, professor de história da gastronomia do Centro Universitário Senac de Águas de São Pedro, basicamente por dois motivos: "Primeiro porque o óleo era um aliado na conservação dos corpos. Segundo, porque ajudava a perfumar", conta.
Pesquisar sobre a gastronomia natalina de cada país é assim: a origem de cada prato leva a curiosidades sobre a origem de cada tempero. E a origem de cada tempero leva a saborosas viagens pela história.

Mantendo a tradição
Nas páginas a seguir, conheça três mulheres que levam em frente os costumes de suas famílias na ceia de Natal.
São elas: Ludmila Szymansky, 73, que saiu da Ucrânia ainda criança para fugir da ocupação soviética; a russa Natália Chpatova, 35, que mora há 15 anos no Brasil; e Maria Helena da Silva Barbosa, 54, descendente de alemães. Elas contam como costuma ser a festa em suas casas e dão dicas de receitas dos pratos típicos de cada nacionalidade.
Para quem quiser distância da cozinha, o caderno traz 17 pacotes de Natal.


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