DO ENVIADO ESPECIAL

O turista menos atento que entrar no antigo oratório da Virgem de Nossa Senhora de Assunção, o atual panteão dos Heróis, no centro da capital paraguaia, talvez nem perceba que a imagem exibida no altar é, na verdade, de Nossa Senhora da Concepção .
Mas, com certeza, terá um susto ao pedir num restaurante uma sopa paraguaia. Vai achar, na certa, que o cardápio é "falsificado".
Sopa, lá, é uma torta, comida típica de origem indígena feita à base de farinha de mandioca ou fubá, com cebola e lascas finas de queijo fresco.
Além da torta, que se diferencia em seu sabor do cuscuz conhecido no Brasil, outro atrativo da culinária paraguaia são as chipas (pronuncia-se tipas). A iguaria é uma espécie de rosquinha salgada de polvilho com erva-doce, normalmente saboreada como entrada nas refeições.
Também de raiz indígena, uma panqueca chamada mbeyú faz parte do cardápio típico oferecido aos turistas, que costumam saborear iguarias ao som de harpas tocando guarânias (baladas características do país) e vendo grupos folclóricos dançarem polca.
Pelas ruas, em jogos esportivos, no seu dia-a-dia, o paraguaio carrega sempre consigo uma cuia de cabaça e uma garrafa térmica com água gelada para tomar o tereré, um refresco de mate sorvido com bombilha. A bebida se distingue do chimarrão gaúcho por ter água fria em vez de quente.
Assim como na Argentina e no Brasil (principalmente na região Sul), os paraguaios não dispensam um bom churrasco, cuja qualidade é comparável à dos seus vizinhos. (MS)


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