DA REDAÇÃO

Os passos de Machado de Assis levam o viajante ao centro do Rio de Janeiro.
A rua do Ouvidor, ponto de encontro dos intelectuais da época, pode não ter mais o encanto dos velhos tempos, mas é, ainda assim, um dos lugares mais importantes desse roteiro.
Estando por lá, aproveite para ir à Confeitaria Colombo (www.confeitariacolombo.com.br), na rua Gonçalves Dias, 32. Machado esteve presente na inauguração, em 1894, e era freqüentador assíduo.
Outras visitas importantes são à Biblioteca Nacional (www.bn.br) e à ABL (Academia Brasileira de Letras; (www.academia.org.br).
Na biblioteca, que fica na avenida Rio Branco, é possível encontrar os jornais publicados na época do Império.
Lá, há textos jornalísticos de Machado, que escreveu para publicações como "Diário do Rio de Janeiro" e "Semana Ilustrada". Da ABL, que fica na avenida Presidente Wilson, Machado foi, aos 58 anos, fundador e presidente.
Outro lugar freqüentado pelo Bruxo do Cosme Velho era o Real Gabinete Português de Leitura (www.realgabinete.com.br), que fica na rua Luís de Camões.
Saindo do centro do Rio, estando no Flamengo, passe na estátua de José de Alencar, em cuja inauguração Machado de Assis discursou.
"Suas participações nesse tipo de evento mostram como ele era uma espécie de representante oficial da intelectualidade brasileira", diz o professor de literatura comparada João Cezar de Castro Rocha.
Ainda na zona sul, termine o passeio no Cosme Velho. Foi na rua de mesmo nome que ele morou seus últimos 24 anos. Como a casa não existe mais, aproveite para dar uma volta no largo do Boticário, um belo recanto do bairro perto da estação de trem do Corcovado.

Mais Machado
Além dos livros do próprio Machado de Assis, que revelam muito da interação do autor com a cidade, um meio de conhecer mais sobre sua vida e o Rio de Janeiro do século 19 é recorrer a outros autores em sebos e livrarias.
"Três Vezes Machado de Assis", da Ateliê Editorial, "Rio de Machado de Assis - Imagens Machadianas do Rio de Janeiro", da Casa da Palavra; "O Viajante Imóvel", de Luciano Trigo, da editora Record; e "Machado de Assis", da coleção Folha Explica, editora Publifolha, são leituras eficientes para essa descoberta. (PPR)


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