São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2006

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TURQUIA DUAL

Pelo lado de fora, mesquita azulada compete com Meca

Somando seis minaretes, a Ahmet, construção otomana do século 17, é a maior do mundo no gênero

DA ENVIADA A ISTAMBUL

Nada é tão onipresente em Istambul quanto suas mesquitas. Imensas, iluminadas e sempre bem preservadas, a impressão é que há quase uma em cada esquina. Não fosse esse detalhe, bem seria possível, ainda que por alguns momentos, acreditar-se em uma cidade da Europa ocidental. Das dezenas de templos, nenhum impressiona tanto pela imponência quanto a mesquita do sultão Ahmet 1º, ou mesquita Azul, como convencionou-se chamar a gigantesca construção bem em frente à catedral de Santa Sofia por conta das dezenas de milhares de pastilhas azuladas que a recobrem por dentro e por fora.
Construída a partir de 1606 a pedido do sultão que lhe empresta o nome, na época do declínio do Império Otomano, levou dez anos para ficar pronta e é hoje a maior mesquita otomana do mundo.
Seus seis minaretes provocaram controvérsia, levando os mais conservadores a acusar Ahmet de querer rivalizar com Meca. Na verdade, o que o sultão queria era superar a catedral -conseguiu no exterior, fracassou no interior.
Perto do mar e rodeada por um jardim sempre cheio, no qual foi estranhamente fincado um dos obeliscos retirados do templo de Luxor (no Egito), a mesquita Azul é o principal ponto de convergência de turistas da cidade, em torno do qual floresceu uma batelada de hotéis e restaurantes.
Apesar de ser permitido visitá-la somente de dia, quando é possível contemplar as mais de 250 janelas, os vitrais e os mosaicos tipicamente otomanos que a tornam única, é à noite que a mesquita fica mais bonita. Iluminada, imensa, vista ao longe em meio aos jardins sempre com aves noturnas a circundar seus minaretes. Outro templo que merece ser visitado é a mesquita Süleymaniye, perto do bairro dos bazares, em Beyazit.
Embora menor, ela foi construída no século 16 pelo mais importante arquiteto do Império Otomano, Sinan -que, aliás, está enterrado no pequeno cemitério no jardim do templo. Apesar de os istambulis serem tolerantes quanto ao vestuário, é recomendável evitar saias acima dos joelhos, bermudas e ombros e barrigas à mostra para visitar as mesquitas.
Cobrir a cabeça, no caso das mulheres, nem sempre é obrigatório, mas um sinal de respeito muito bem-vindo pelos locais. Também não se esqueça de tirar os sapatos antes de entrar. Pisar calçado sobre os tapetes do templo é um enorme insulto. (LUCIANA COELHO)

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