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giro pelas artes
Após 10 anos, Museu de Artes Decorativas é aberto
Renovação Com 150 mil peças da Idade Média à atualidade, coleção volta a ser apresentada após reforma de 35 milhões; entre os destaques, mobiliário do séc.15
DA REUTERS
Após dez anos fechado para
passar por uma das mais generosas restaurações ocorridas na
França -foram gastos 35 milhões (R$ 96 milhões)- o Museu de Artes Decortivas foi reaberto. Ele ocupa uma ala do
Louvre desde 1905 e soma 150
mil objetos, de câmaras nupciais do século 15 a peças do
contemporâneo Philipe Starck.
A coleção reflete o estilo geralmente opulento da aristocracia francesa e da alta burguesia, da Idade Média à atualidade. "Nós realmente tentamos mostrar um pouco do gosto francês", diz a porta-voz do
museu, Marie-Laurie Moreau.
Depois de período em que foi
negligenciado, o museu renasceu com a ajuda de Helene David-Weil, mulher de um dos
banqueiros mais influentes da
França e patrono das artes.
O hall principal, que se parece a uma catedral, aberto e iluminado, com vista para o jardim das Tulherias, forma a espinha dorsal do museu, que está organizado em linhas temáticas e cronológicas.
Além de exaltar as habilidades dos marceneiros, joalheiros e artesãos franceses, a exposição dá detalhes do gosto
decorativo francês, apesar de a
ênfase ser sempre no raro e caro do que no cotidiano.
Da elegância formal do século 18 vai-se ao primeiro império, com influências gregas e
romanas, passando pelo estilo
pesado do século 19, que se dissipa com o período do art déco.
O apartamento do estilista
Jeanne Lanvin, da década de
1920, foi restaurado, com toda
sua luxúria sombria ("A "Monalisa" do nosso acervo", diz Moreau), contrasta com a decoração viva de um quarto da casa
de William Hope, proeminente
banqueiro da primeira metade
do século 19.
Há também um dossel de
bronze que pertenceu a Lucie
Delabigne, uma cortesã do século 19 que inspirou a criação
da femme fatale Nana, do romancista Emile Zola.
Uma coleção de mobília da
Exibição Mundial de 1925, feita
por uma embaixada imaginária
da França, poderia ter saído de
um episódio das "Aventuras de
Tintin", com uma curiosa cômoda em forma de bulbo.
Para não sufocar o visitante,
somente cerca de 6.000 objetos são exibidos por vez, com
ênfase na escolha de peças individuais ou evidenciando algumas marcas.
MUSEU DE ARTES DECORATIVAS
Ingresso: 8; funciona de terça a
sexta, das 11h às 18h; às quintas,
das 11h às 21h; e aos sábados e domingos, das 10h às 18h; tel.: 00/
xx/33/1/4455-5750
www.lesartsdecoratifs.fr
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