|
Próximo Texto | Índice
METRÓPOLE CANADENSE
Ar contemporâneo sublinha o legado britânico de Toronto
Bonde, casas vitorianas e loja clássica se intercalam a arranha-céus arrojados na maior cidade canadense
SILVIO CIOFFI
ENVIADO ESPECIAL AO CANADÁ
Maior metrópole canadense
e uma das cinco maiores da
América do Norte, a grande Toronto (www.torontotourism.com) tem 5 milhões de habitantes que se expressam em
cem diferentes línguas e dialetos. Se estende por 46 km diante do lago Ontário e ocupa 295
km2, área com 1.500 parques.
Cortada de norte a sul pela
Yonge street, parte de uma estrada que os locais dizem ter
1.900 quilômetros de extensão,
Toronto tem bairros bem marcados e, apesar do tamanho, é
pacata. Ali, ainda se anda de
bonde (o "street car"), há inúmeras construções e casinhas
vitorianas, e a maior loja de departamentos -The Bay, no número 176 da Yonge street
(www.hbcheritage.ca, www.thebay.com e www.hbc.com)- ainda remete à Hudson's Bay Company, criada pelo rei inglês Carlos 2º em 1670
para colonizar a região.
Não que Toronto não tenha
sua face contemporânea, especialmente nas proximidades da
CN Tower, uma área portuária
que, remodelada a partir dos
anos 1980, tem prédios arrojados como o estádio SkyDome e
o Convention Centre.
A prefeitura, que já funcionou no passado remoto dentro
do mercado de St. Lawrence, é um desses arranha-céus de arquitetura modernizante, com torres curvas e
uma fonte. Concluída em 1964,
entre as ruas Queen St. West e
Bay, foi projetada pelo arquiteto finlandês Viljo Revel.
Depois, vários arquitetos
deixaram sua marca de arrojo
na metrópole: Frank Gehry
(que nasceu lá), Norman Foster, Daniel Libeskind e Will Alsop foram alguns deles.
Explorando Toronto
Tradicionalmente, o centro
financeiro fica na intersecção
das ruas Yonge e Queen. No
tempo da Segunda Guerra, Toronto mantinha filiais de fábricas e negócios britânicos e norte-americanos. Depois da guerra (1939-1945), ganhou ar multiétnico, vieram imigrantes europeus -muitos açorianos e calabreses- e, depois, asiáticos,
que se juntaram em bairros.
O bairro comercial mais chique de Toronto, Yorkville, já foi
hippie. Lá, Bloor street, com lojas Chanel e Tiffany's, equivale
à Quinta Avenida de Nova York
ou à Rodeo Drive em Los Angeles. As lojas extravagantes estão
em Queen West, onde também
ficam os clubes noturnos.
Agora no inverno, quando
anoitece às 17h, há quem passeie em galerias subterrâneas,
caso da Brookfield Place
(www.brookfield-place.com), na 181 Bay street. A estrutura foi desenhada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava em 1992 e, ali, um prédio histórico, o Heritage Building, de 1845, foi remontado.
Toronto tem, aliás, 25 quilômetros de galerias subterrâneas interligadas ao metrô.
SILVIO CIOFFI viajou a convite da Air Canada e
do Toronto Convention & Visitors Association
Próximo Texto: Estações do ano Índice
|