São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Próximo Texto | Índice

METRÓPOLE CANADENSE

Ar contemporâneo sublinha o legado britânico de Toronto

Bonde, casas vitorianas e loja clássica se intercalam a arranha-céus arrojados na maior cidade canadense

SILVIO CIOFFI
ENVIADO ESPECIAL AO CANADÁ

Maior metrópole canadense e uma das cinco maiores da América do Norte, a grande Toronto (www.torontotourism.com) tem 5 milhões de habitantes que se expressam em cem diferentes línguas e dialetos. Se estende por 46 km diante do lago Ontário e ocupa 295 km2, área com 1.500 parques.
Cortada de norte a sul pela Yonge street, parte de uma estrada que os locais dizem ter 1.900 quilômetros de extensão, Toronto tem bairros bem marcados e, apesar do tamanho, é pacata. Ali, ainda se anda de bonde (o "street car"), há inúmeras construções e casinhas vitorianas, e a maior loja de departamentos -The Bay, no número 176 da Yonge street (www.hbcheritage.ca, www.thebay.com e www.hbc.com)- ainda remete à Hudson's Bay Company, criada pelo rei inglês Carlos 2º em 1670 para colonizar a região. Não que Toronto não tenha sua face contemporânea, especialmente nas proximidades da CN Tower, uma área portuária que, remodelada a partir dos anos 1980, tem prédios arrojados como o estádio SkyDome e o Convention Centre.
A prefeitura, que já funcionou no passado remoto dentro do mercado de St. Lawrence, é um desses arranha-céus de arquitetura modernizante, com torres curvas e uma fonte. Concluída em 1964, entre as ruas Queen St. West e Bay, foi projetada pelo arquiteto finlandês Viljo Revel. Depois, vários arquitetos deixaram sua marca de arrojo na metrópole: Frank Gehry (que nasceu lá), Norman Foster, Daniel Libeskind e Will Alsop foram alguns deles.

Explorando Toronto
Tradicionalmente, o centro financeiro fica na intersecção das ruas Yonge e Queen. No tempo da Segunda Guerra, Toronto mantinha filiais de fábricas e negócios britânicos e norte-americanos. Depois da guerra (1939-1945), ganhou ar multiétnico, vieram imigrantes europeus -muitos açorianos e calabreses- e, depois, asiáticos, que se juntaram em bairros.
O bairro comercial mais chique de Toronto, Yorkville, já foi hippie. Lá, Bloor street, com lojas Chanel e Tiffany's, equivale à Quinta Avenida de Nova York ou à Rodeo Drive em Los Angeles. As lojas extravagantes estão em Queen West, onde também ficam os clubes noturnos.
Agora no inverno, quando anoitece às 17h, há quem passeie em galerias subterrâneas, caso da Brookfield Place (www.brookfield-place.com), na 181 Bay street. A estrutura foi desenhada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava em 1992 e, ali, um prédio histórico, o Heritage Building, de 1845, foi remontado. Toronto tem, aliás, 25 quilômetros de galerias subterrâneas interligadas ao metrô.


SILVIO CIOFFI viajou a convite da Air Canada e do Toronto Convention & Visitors Association


Próximo Texto: Estações do ano
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.