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Mar e rio da Amazônia viram sala de aula
DA REPORTAGEM LOCAL
"Nunca vou me esquecer como
segurar um jacaré", conta Bruno
Villamea Santos, 16, que viveu a
experiência na Escola da Natureza, um barco com salas de aula,
refeitórios, laboratórios e dormitórios que circula por rios próximos a Manaus (AM). O barco
pertence ao Objetivo, assim como
a Escola do Mar, em Angra dos
Reis (RJ). Bruno freqüentou as
duas em cursos que duram uma
semana cada um.
Depois das estadas, conta ter
mudado a forma de ver a natureza
e agora se preocupa mais com o
ambiente. "Antes eu andava na
rua, dava três passos e jogava o
papel no chão se não visse um lixo
por perto." Hoje ele diz guardar o
papel na mochila e ainda briga
com quem polui as vias públicas.
Para a estudante Bruna Rossi
Herling, 18, que também frequëntou as duas escolas, fica mais fácil
interpretar o que o professor diz
em sala de aula depois de fazer os
cursos in loco. "Após essas aulas
práticas, você aprende o valor da
natureza." E dá um exemplo:
"Quantas tartarugas morrem no
mar por confundir um saco plástico com uma água-viva?"
Fazem parte da grade curricular
da Escola do Mar ecossistemas litorâneos, química da água e biologia marinha. A escola oferece
dois cursos diferentes, um mais
profundo que o outro, para o aluno que já foi uma vez voltar em
outro ano. Algumas atividades
em Angra são o mergulho com cilindro e a abertura de um ouriço
para analisá-lo por dentro.
Já os alunos de Manaus aprendem sobre botânica e ecologia, fazendo inclusive turismo ao observar o encontro das águas do rios
Negro e Solimões e visitando o
teatro Amazonas. As duas escolas
são freqüentadas por alunos do
Objetivo e da Unip (Universidade
Paulista) e exigem relatórios diários, tarefa que não agradava Bruno. "Mas foi legal porque no fim
eu lembrei de tudo."
(MV)
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