MARISTELA DO VALLE
FABRÍCIA FURUZAVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BRAGANÇA PAULISTA (SP)

Muita gente ainda pensa em Bragança Paulista apenas como a terra da lingüiça e mais nada. Mas isso tem mudado de uns tempos para cá. Hoje, muitos paulistanos antenados em novidades culturais já sabem que a cidade, a 89 km de São Paulo, hospeda todo ano um dos festivais de inverno mais badalados do Estado. Em julho, shows, oficinas, palestras e exposições esquentam Bragança.
O Festival de Inverno é composto de dois eventos simultâneos: o 5º Festival de Arte da Serrinha, na fazenda Serrinha (hotel, reserva ecológica e centro cultural) e no Galpão Busca Vida (um misto de cachaçaria e pizzaria), e a chamada Programação Alternativa, realizada no centro e na periferia.
Inspirado em movimentos naturais e culturais, o tema do Festival de Arte da Serrinha neste ano é Tudo se Transforma. "A idéia é promover um grande encontro das artes e integrá-las", explica o curador, Fábio Delduque. A partir do dia 8 de julho, profissionais das áreas de artes plásticas, fotografia, música, teatro, cinema e moda participarão de oficinas, palestras, shows e produções artísticas em meio à natureza. À noite, acontecem debates em volta da fogueira. E o palco do Busca Vida terá apresentações, sempre aos sábados, de Arnaldo Antunes, Fernanda Porto, Nação Zumbi e Junio Barreto.
Enquanto isso, o distrito rural de Água Comprida, perto da fazenda, contará com atividades culturais, recreativas e de educação ambiental gratuitas.
Já a Programação Alternativa será aberta com a mostra "O Moderno na Fotografia da Década de 50", no Museu Oswaldo Russomano -com palestra e debate no dia 6 de julho. Depois seguirá com filmes brasileiros, peças de teatro e shows de bandas de Bragança, Atibaia, Cuiabá (MT), Campinas e São Paulo. Ao mesmo tempo, a cidade deve abrigar um festival gastronômico, mas a programação e os restaurantes participantes ainda estão sendo definidos.
Além disso, Bragança esconde trilhas, abriga noitadas divertidas e tem restaurantes que não ficam atrás de muitas casas da capital. Sem falar, claro, na lingüiça, que continua sendo a maior atração turística. Impossível partir sem provar um sanduíche de calabresa.


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