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ROTA ALÉM TEJO
Torres e castelos guiam trajeto feito de carro, e paradas despropositadas garantem surpresas generosas
Caminhos alentejanos fartam o viajante
ALEXANDRA MORAES
ENVIADA ESPECIAL A PORTUGAL
Para além do rio Tejo, que corta
Portugal quase ao meio e deságua
na capital do país, existe uma região cheia de riquezas naturais,
humanas e históricas. Pontuado
por oliveiras, pastos, sobreiros e
vinhas, estende-se no sul do país o
Alentejo. É a maior Província portuguesa, mas é também a menos
populosa. Guarda boas estradas
que levam a caminhos já percorridos por romanos e por mouros,
margeadas hoje principalmente
por pastores e agricultores.
O Alentejo é generoso à mesa,
para onde os locais levam fartamente o que vem daquela terra:
azeitonas, vinhos da região, queijos de cabra e de ovelha, cortes de
borrego e de porco preto. O suíno
é um dos orgulhos alentejanos. Os
peixes também são oferecidos nos
cardápios, mas quase só por educação -têm a desvantagem de
não ser cria da planície dourada.
Seguindo o percurso das estradas alentejanas, é possível conhecer dezenas de cidadezinhas -as
distâncias às vezes são menores
do que os percursos entre alguns
bairros de São Paulo.
Um jeito prático de saber o que
vale a pena ser visto no Baixo
Alentejo é consultar o escritório
de turismo das regiões, em geral
em cidades maiores, como Beja,
onde há bastante material informativo. No norte alentejano, os
escritórios de turismo são igualmente fartos em Portalegre, Crato
ou Elvas. Mas também não é nada
difícil se guiar só pelo olhar: aqui e
ali saltam torres de castelos ou de
igrejas, muralhas, conjuntos de
casas emolduradas em amarelo e
num tom de azul meio arroxeado.
É só parar e visitar.
Por esse motivo, a viagem pelo
Alentejo começa no aeroporto de
Lisboa, com o aluguel de um carro. É o meio mais prático de conhecer a região, já que qualquer
roteiro, por mais planejado que
seja, sempre vai ter de encontrar
brechas para passar uma tarde a
mais em alguma pequena cidade
-e, acredite, muitas delas escondem encantos e histórias muito
maiores do que podem apresentar à primeira vista.
Alexandra Moraes viajou a convite do
Turismo de Portugal, da Varig e das Pousadas de Portugal
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