São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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ROTA ALÉM TEJO

Torres e castelos guiam trajeto feito de carro, e paradas despropositadas garantem surpresas generosas

Caminhos alentejanos fartam o viajante

ALEXANDRA MORAES
ENVIADA ESPECIAL A PORTUGAL

Para além do rio Tejo, que corta Portugal quase ao meio e deságua na capital do país, existe uma região cheia de riquezas naturais, humanas e históricas. Pontuado por oliveiras, pastos, sobreiros e vinhas, estende-se no sul do país o Alentejo. É a maior Província portuguesa, mas é também a menos populosa. Guarda boas estradas que levam a caminhos já percorridos por romanos e por mouros, margeadas hoje principalmente por pastores e agricultores.
O Alentejo é generoso à mesa, para onde os locais levam fartamente o que vem daquela terra: azeitonas, vinhos da região, queijos de cabra e de ovelha, cortes de borrego e de porco preto. O suíno é um dos orgulhos alentejanos. Os peixes também são oferecidos nos cardápios, mas quase só por educação -têm a desvantagem de não ser cria da planície dourada.
Seguindo o percurso das estradas alentejanas, é possível conhecer dezenas de cidadezinhas -as distâncias às vezes são menores do que os percursos entre alguns bairros de São Paulo.
Um jeito prático de saber o que vale a pena ser visto no Baixo Alentejo é consultar o escritório de turismo das regiões, em geral em cidades maiores, como Beja, onde há bastante material informativo. No norte alentejano, os escritórios de turismo são igualmente fartos em Portalegre, Crato ou Elvas. Mas também não é nada difícil se guiar só pelo olhar: aqui e ali saltam torres de castelos ou de igrejas, muralhas, conjuntos de casas emolduradas em amarelo e num tom de azul meio arroxeado. É só parar e visitar.
Por esse motivo, a viagem pelo Alentejo começa no aeroporto de Lisboa, com o aluguel de um carro. É o meio mais prático de conhecer a região, já que qualquer roteiro, por mais planejado que seja, sempre vai ter de encontrar brechas para passar uma tarde a mais em alguma pequena cidade -e, acredite, muitas delas escondem encantos e histórias muito maiores do que podem apresentar à primeira vista.


Alexandra Moraes viajou a convite do Turismo de Portugal, da Varig e das Pousadas de Portugal

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