São Paulo, quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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MODERNA E TRADICIONAL
Melhor e mais rápida alternativa de transporte entre a cidade e o aeroporto levita e não tem motorista

Trem trafega a 1 cm do "trilho" e a 430km/h

DO ENVIADO A PEQUIM E XANGAI

Parece o desenho animado da família Jetson. Mas é de verdade. Só em Xangai é possível viajar num trem que levita a um centímetro do "trilho", a 430 km/h. E trafega sem condutor.
É o Maglev, equipamento que funciona de acordo com um conceito idealizado por um físico alemão nas primeiras décadas do século passado.
Os chineses "apenas" tiraram da prancheta a noção de fazer um trem se movimentar por energia magnética, sem gastar eletricidade ou queimar combustível, e injetaram dinheiro. Muito dinheiro, para construir a linha pioneira e subsidiar o bilhete.
Hoje, há só uma linha em operação, de cerca de 30 km, que liga o aeroporto internacional de Xangai ao centro da cidade. A passagem sai por menos de US$ 10. E a viagem dura em torno de sete minutos.
Com o trânsito da cidade, em obras pela Expo-2010, pode-se levar quase dez vezes o mesmo tempo para percorrer o trajeto.
O objetivo é ter uma linha expandida até maio do próximo ano, quando acontece a inauguração da Expo, para garantir transporte rápido e de qualidade aos visitantes.
Dentro do vagão, salvo no momento em que se cruza a composição que viaja no sentido oposto, a sensação de velocidade é menor que a de um avião acelerando para decolar.
A levitação que move o trem chama a atenção mais ainda que sua velocidade. E não há condutor, pois o sistema é todo informatizado.
Os operadores do Maglev dizem que, de vez em quando, um funcionário é mandado para a cabine na frente do trem -e só para tranqüilizar os passageiros, pois, a rigor, ele não faz nada para conduzir a máquina.
Apesar de servir como meio de transporte (a melhor alternativa entre a cidade e o aeroporto, por sinal), vale como um passeio. Assim, além do "voo" em si, o pequeno museu na estação central em que há exposição do funcionamento e do projeto de expansão do Maglev também merece uma visita. (LUÍS FERRARI)


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