|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
internacional
Reaberto, museu esmiúça trans porte público de Londres
MODELO De 1863, metrô londrino inspirou o madrilenho; acervo aborda também transporte de outras metrópoles
DA EFE
Após dois anos de reformas,
serão reabertas hoje as portas
do Museu dos Transportes de
Londres. Com a reabertura, a
cidade recupera, com uma imagem mais inovadora, um museu que guarda a história de um
ícone que a fez pioneira em várias ocasiões nos últimos séculos: o transporte público.
Nessa nova etapa, o Museu
dos Transportes de Londres
engloba a oferta de transporte
público em outras cinco cidades -Nova Déli, Nova York,
Paris, Shangai e Tóquio- para
revelar, com imagens de vídeo
feitas por usuários, a visão que
os habitantes de outras metrópoles do planeta têm de suas
próprias redes de transporte.
"Queremos dizer ao mundo
que o transporte público é um
plano de existência para todas
as cidades, não só Londres",
afirmou o responsável pela exposição, Oliver Green.
Inaugurado em 1863, o metrô
londrino, que serviu de inspiração para o de Madri, se mantém
como um dos meios de transporte mais cômodos, ainda que
seu funcionamento, afirma
Green, seja muito diferente do
que era há quase 150 anos.
"Os primeiros trens eram a
vapor, o que tornava a atmosfera das estações impossível de
suportar. Tentaram reduzir as
emissões de fumaça com uma
espécie de chaminé que terminava em um recipiente em que
ela se convertia em líquido, mas
o sistema não era muito eficiente", diz Green. "E, para que
o público continuasse utilizando o metrô, chegaram a persuadir vários médicos para que recomendassem a respiração da
fumaça como benéfica."
A réplica de uma daquelas
máquinas a vapor serve de
exemplo visual dessa realidade
enfumaçada dos primeiros
usuários do metrô de Londres,
que terminou com a implantação do sistema elétrico, no final
do século 19.
Quando abriram essa rede de
metrô elétrico, a situação dos
passageiros melhorou consideravelmente, ainda que não de
todo, pois o tamanho reduzido
das escassas janelas dos primeiros vagões causava agonia.
"Isso fazia com que os passageiros sentissem claustrofobia.
Além disso, havia um encarregado de abrir e fechar as janelas
e anunciar o nome da estação,
pois os viajantes não conseguiam ver as placas lá fora",
conta Green.
Apesar de essa sensação de
agonia não ter desaparecido,
pois falta de refrigeração em
muitas das linhas do sistema,
cerca de 1 bilhão de usuários
utilizaram no ano passado um
metrô que hoje é duas vezes
mais rápido do que era quando
começou a rodar.
O metrô, convertido no símbolo da cidade graças, sobretudo, a um logotipo muito reconhecível, é acompanhado no
museu dos famosos ônibus de
dois andares, que se tornaram
ícones da paisagem urbana britânica. Esses ônibus foram implantados na versão vermelha,
a mais popular, a partir da metade do século 20.
Texto Anterior: Portugal: Porto monta maior ávore da Europa Próximo Texto: Greve de assistentes suspende apresentações da Broadway Índice
|