São Paulo, quinta-feira, 22 de novembro de 2007

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internacional

Reaberto, museu esmiúça trans porte público de Londres

MODELO De 1863, metrô londrino inspirou o madrilenho; acervo aborda também transporte de outras metrópoles

DA EFE

Após dois anos de reformas, serão reabertas hoje as portas do Museu dos Transportes de Londres. Com a reabertura, a cidade recupera, com uma imagem mais inovadora, um museu que guarda a história de um ícone que a fez pioneira em várias ocasiões nos últimos séculos: o transporte público.
Nessa nova etapa, o Museu dos Transportes de Londres engloba a oferta de transporte público em outras cinco cidades -Nova Déli, Nova York, Paris, Shangai e Tóquio- para revelar, com imagens de vídeo feitas por usuários, a visão que os habitantes de outras metrópoles do planeta têm de suas próprias redes de transporte.
"Queremos dizer ao mundo que o transporte público é um plano de existência para todas as cidades, não só Londres", afirmou o responsável pela exposição, Oliver Green.
Inaugurado em 1863, o metrô londrino, que serviu de inspiração para o de Madri, se mantém como um dos meios de transporte mais cômodos, ainda que seu funcionamento, afirma Green, seja muito diferente do que era há quase 150 anos.
"Os primeiros trens eram a vapor, o que tornava a atmosfera das estações impossível de suportar. Tentaram reduzir as emissões de fumaça com uma espécie de chaminé que terminava em um recipiente em que ela se convertia em líquido, mas o sistema não era muito eficiente", diz Green. "E, para que o público continuasse utilizando o metrô, chegaram a persuadir vários médicos para que recomendassem a respiração da fumaça como benéfica."
A réplica de uma daquelas máquinas a vapor serve de exemplo visual dessa realidade enfumaçada dos primeiros usuários do metrô de Londres, que terminou com a implantação do sistema elétrico, no final do século 19.
Quando abriram essa rede de metrô elétrico, a situação dos passageiros melhorou consideravelmente, ainda que não de todo, pois o tamanho reduzido das escassas janelas dos primeiros vagões causava agonia. "Isso fazia com que os passageiros sentissem claustrofobia. Além disso, havia um encarregado de abrir e fechar as janelas e anunciar o nome da estação, pois os viajantes não conseguiam ver as placas lá fora", conta Green.
Apesar de essa sensação de agonia não ter desaparecido, pois falta de refrigeração em muitas das linhas do sistema, cerca de 1 bilhão de usuários utilizaram no ano passado um metrô que hoje é duas vezes mais rápido do que era quando começou a rodar.
O metrô, convertido no símbolo da cidade graças, sobretudo, a um logotipo muito reconhecível, é acompanhado no museu dos famosos ônibus de dois andares, que se tornaram ícones da paisagem urbana britânica. Esses ônibus foram implantados na versão vermelha, a mais popular, a partir da metade do século 20.


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