ESPECIAL PARA A FOLHA, NO BENIN

Do hotel em direção à avenida que leva à praia, avistam-se inúmeras construções com mão-de-obra estrangeira, com operários chineses saindo com seus capacetes amarelos ao fim da tarde ou nos horários das refeições. É a ebulição na vida urbana e intensa de Cotonou.
Nas avenidas João Paulo 2º, da Vitória, no bulevar Saint-Michel que leva ao imenso mercado Dantokpa, o turista é surpreendido pela presença maciça de motos e mototáxis.
São os chamados zémidjans, serviço de transporte coletivo. Com os seus condutores, todos com jalecos amarelos que os identificam. Pouquíssimos usam capacete. Carregam até quatro pessoas numa moto, famílias inteiras, atendendo desde percursos locais a lugares distantes. Motos carregadíssimas. Assim como os táxis.
Quando o sinal de uma das artérias se abre, há um zunido vindo do arranque coletivo e não se vêem guardas de trânsito. No entanto, a reportagem testemunhou apenas um acidente, num domingo de grande movimento na estrada.
Os táxis são todos pintados de verde-amarelo e também coletivos. Podem-se ver, por vezes, oito pessoas em um carro de cinco lugares.
Há os táxi-ville (de percurso urbano) e os táxi-brousse (de ligação interurbana, fazendo trajetos entre o interior e a capital). Não há taxímetro, e o preço se discute em cada caso, dependendo da distância e da freqüência.
Se preferir usar o táxi individualmente, o custo será de 2.200 a 2.500 francos CFA (de R$ 9 a R$ 10) por hora. Há também os teletáxis diante dos hotéis, que custam no mínimo 5.000 francos CFA (R$ 21) para um percurso curto. Os preços são barganhados, e são distintos para os turistas e para os beninenses.
Os mototáxis são chamadas de ZM, redutivo de zemidjan, que significa, "leve-me depressa", na língua fon. Uma corrida custa a partir de 100 francos CFA (R$ 0,40), e quase o dobro à noite. Do hotel ao mercado Dantokpa custa 200 francos CFA (R$ 0,80), porém essa mesma corrida para um turista pode custar até 1.000 francos CFA (R$ 4). (CS)


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