São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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giro pelo mundo

Chipre busca crescimento do turismo religioso

MAIS DO QUE PRAIA - Destino de verão, a ilha mediterrânea vê aumentar interesse pelo seu patrimônio cristão ortodoxo

DA REUTERS

O Chipre, ilha mediterrânea conhecida como um dos principais destinos de sol e mar da Europa, está determinado a explorar seu rico patrimônio para atrair o turismo religioso.
"Somos muito mais do que praia", protesta George Michaelides, presidente da Associação de Turismo Cultural e de Interesse Especial.
Segundo dados oficiais do turismo cipriota, apenas 100 mil dos 2,5 milhões de turistas que visitam o Chipre por ano estão em busca de monumentos culturais e religiosos. Mas esse mercado está em crescimento desde que o best-seller "O Código da Vinci", de Dan Brown, publicado no Brasil em 2004, colocou uma lente de aumento sobre o turismo religioso.
"O Chipre sempre foi associado à religião. Antigamente, não havia navio a caminho da Terra Santa que não parasse aqui. Nós também somos conhecidos como a ilha dos santos", afirma Michaelides.
Segundo a WTO, sigla em inglês para Organização Mundial do Turismo, mais de 300 milhões de peregrinos visitam pontos-chave religiosos pelo mundo ao longo de cada ano.
Agora o Chipre busca dar uma bela mordida nesse mercado para dar um empurrão no setor, o principal da economia local. Para isso, lançará, durante o verão, roteiros religiosos pela primeira vez.
"O Chipre reúne uma quantidade enorme de monumentos em pouco espaço", diz Vakis Loizides, da CTO (sigla em inglês para Organização de Turismo do Chipre). "A relação da ilha com santos populares como são Lázaro e são Paulo a tornam muito atraente."

Trilhas santas
Os visitantes podem caminhar seguindo os passos de são Paulo, que viajou da Antióquia ao Chipre em 45 d.C., e visitar o pilar na cidade de Paphos, onde ele foi torturado por pregar o cristianismo, de acordo com a segunda epístola aos Coríntios.
Ou podem visitar a igreja de são Lázaro, que, segundo a tradição católica, veio para o Chipre depois de sua ressurreição e serviu como bispo na ilha. A maior parte dos ossos foi enviada para Constantinopla no século 9º, mas os fiéis podem ver seu crânio na igreja que leva seu nome.
"Nós estamos acompanhando um crescimento na demanda", afirma Angelos Mylonas, gerente de uma agência de turismo local. "Depois da publicação de "O Código da Vinci" há um interesse crescente pelas igrejas ortodoxas gregas."
Espalhadas sobre as montanhas Troodos, dez igrejas medievais listadas como patrimônio da humanidade pela Unesco por conta das deslumbrantes pinturas em suas paredes de pedra são o principal ponto visitado por turistas interessados em cultura e religião no Chipre.
"Esses turistas sabem para onde querem ir e o que querem ver. São informados, sabem de lugares de que nunca ouvimos falar", afirma Mylonas.


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