|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Refúgio de paulistanos vira morada
DA ENVIADA ESPECIAL
Alguns paulistanos que fogem
para Serra Negra nos dias de folga
se encantam com a tranquilidade
local e invertem o esquema: adotam a cidade como morada e só
visitam a metrópole rapidamente.
"Quando meus filhos entraram
na adolescência, senti que ficaria
mais tranquila se eles ficassem
longe da violência de São Paulo",
diz Silvana Siqueira, que dirigiu
uma rede de academias por 15
anos. "Foi uma fase legal da minha vida, mas agora quero sossego", diz ela, que hoje faz quitutes
para seu café, Coisas da Fazenda,
e atua como banqueteira de eventos da sociedade serra-negrense.
Também o português José Maria de Pinho Martins, proprietário
do restaurante Sr. Bacalhau, fugiu
da violência paulistana "após vários assaltos". Nascido na pacata
cidade do Porto, o chef não se
adaptou à metrópole, onde viveu
por 13 anos.
Outro exemplo envolve a saúde
dos filhos de Fernando Braga, dono da Cantina San Marco. Segundo ele, sempre que as crianças
iam à praia, voltavam adoentadas. "Resolvi passar uma semana
em Serra Negra. No segundo dia,
eles repetiram a comida, coisa que
nunca acontecia em São Paulo.
Quando voltaram para casa, estavam corados, gordinhos."
A família Braga trocou então a
praia pela montanha, para onde
se mudou em 1980. "Meu filho,
que tinha alergia respiratória,
nunca mais teve crises."
(MV)
Texto Anterior: Estância Acima: Serra Negra ainda é a "cidade da saúde" Próximo Texto: O nome em três versões Índice
|