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Sítio mostra etapas de produção de café
DA ENVIADA ESPECIAL
A cena do café descansando no
terreirão, recentemente veiculada
pela novela "Esperança", da Rede
Globo, não é coisa do passado.
Apesar de hoje existirem máquinas que ajudam no processo de
produção do fruto, a secagem dos
grãos nos terreiros de café ainda
faz parte do dia-a-dia de propriedades rurais. Tal procedimento
pode ser visto de perto no sítio
Santa Rosa de Lima, da família
Marchi, que recebe alunos de escolas e turistas para mostrar os estágios por que passam os grãos
antes de irem para a xícara.
Os visitantes andam pelas plantações e descobrem que antigamente, quando os produtores não
conheciam o recurso da curva de
nível, os pés de café sofriam com a
erosão. Também ficam sabendo
que, quando podada, a rama do
pé brota de uma maneira bastante
produtiva. Segundo Marcio Marchi, proprietário do sítio, antes se
acreditava que a árvore deveria
crescer até o seu ponto máximo.
O lavador utilizado no sítio foi
construído recentemente em cimento. "Além de ser mais caro, o
lavador mecânico não separa a
pedra da terra", explica Marchi.
A sua simplicidade ajuda a
compreender melhor como o café
era cuidado no auge da sua produção no Brasil. Ele era tão importante que, nos anos 30, com o
crack da bolsa de valores de Nova
York, o então presidente Getúlio
Vargas mandou queimar milhares de sacas de café para valorizar
o produto, cujo preço despencara.
No terreiro do sítio, o café descansa quatro dias, para depois ficar mais quatro dias na secadora
mecânica, esquentada com uma
fogueira à lenha. Com uma produção pequena, o sítio tem uma
máquina de beneficiar (descascar) simples, que não classifica os
grãos por tamanho e peso, como
ocorre em fazendas maiores.
Sítio Santa Rosa de Lima -Visitas devem ser marcadas pelo tel. 0/xx/19/
3892-1685. Preços: R$ 5 por pessoa; R$ 3
por estudante (em excursões escolares).
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