São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Decadência em Pompéia faz governo da Itália tomar medidas urgentes

DA REUTERS

Quase 2.000 anos após ser enterrada e preservada por uma erupção vulcânica, Pompéia é constantemente desgastada pelos infortúnios modernos. Décadas de negligência, milhões de visitantes e a ação do sol e da chuva ameaçam eliminar a maior atração turística da Itália.
Arqueólogos e historiadores há muito reclamaram da parca manutenção dos tesouros de Pompéia, avisando que os afrescos desbotando, os tetos com goteiras e as paredes desmoronando não sobreviveriam ao tempo.
O sítio de 66 hectares, dos quais dois terços estão descobertos desde que as escavações tiveram início, há 250 anos, oferece um vislumbre único da vida cotidiana em uma cidade romana ancestral, congelada pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Mas pouco foi feito ao longo dos anos para barrar os estragos.
Andaimes e vigas de aço sustentam colunas desmoronando e tetos com infiltração. Muitas das 1.500 casas no sítio estão fechadas ao público, seja para reparos ou pela falta de guardas.
Neste mês, o governo italiano declarou um "estado de emergência" de um ano no local, permitindo que verbas extras e medidas especiais sejam tomadas para protegê-lo. Mas especialistas dizem que Pompéia precisa de manutenção diária mais do intervenções pontuais.
"O problema aqui é que eles começam o trabalho, gastam pouco dinheiro e o desperdiçam porque o trabalho nunca é finalizado", diz Antonio Irlando, que lidera uma observação independente para a conservação da herança artística da região de Nápoles.


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