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POLINÉSIA À FRANCESA
Caixa eletrônico flutuante está entre atrações exóticas da ilha, cujo transporte público é precário
Bora Bora equivale a paisagem idealizada
DO ENVIADO ESPECIAL À POLINÉSIA FRANCESA
A ilha de Bora Bora, que horas
antes era uma silhueta azulada no
oceano, aparece à frente dos turistas a bordo de uma embarcação.
Quanto mais o barco se aproxima, mais impressionante fica a
mesa de pedra de 727 m de altitude do monte Otemanu.
Bora Bora passou a se popularizar no Ocidente quando, na Segunda Guerra Mundial, 2.000 soldados americanos foram deslocados para a ilha. Ainda hoje é possível encontrar bunkers e canhões
dos anos 40 aguardando a invasão
japonesa que nunca aconteceria.
A ilha é a que mais corresponde
às paisagens que o nome Polinésia traz à mente. Entre suas atrações exóticas está um caixa eletrônico flutuante, que fica ancorado
no cais. O aeroporto, levantado
pelo Exército americano, fica no
limite da laguna que envolve a ilha
e toma todo um motu estreito e
comprido, que parece só ter espaço para a pista.
Na entrada do famoso bar
Bloody Mary, placas de madeira
listam mais de cem nomes de celebridades que um dia passaram
por ali (leia na pág.F11). Dentro,
mesas e bancos de madeira distribuem-se sobre o chão de areia.
Mesmo com atrações semelhantes, cada ilha do arquipélago
tem sua personalidade. Bora Bora, Taiti, Moorea, Haiatea e Huahine são as mais conhecidas, e a
melhor maneira de conhecê-las é
por suas estradas litorâneas.
Passeios de jipe (US$ 50 por
pessoa) desbravam o interior das
ilhas, que é selvagem e de acesso
complicado. Precário, o transporte coletivo consiste de uma espécie de pau-de-arara chamado
"truck", útil apenas para distâncias curtas. Há poucos táxis nas
ruas, e o melhor jeito de se locomover é alugando um carro, uma
"scooter" ou uma bicicleta.
(MARCELO PLIGER)
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