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RAPA NUI
Contrato com empresa alemã dará US$ 11,5 mi para estancar danos causados a estátuas gigantes na ilha de Páscoa
Unesco tem ajuda para conter fim de moai
DA REUTERS
A companhia alemã Maar
Denkmalplflege fechou um contrato com a Unesco (Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) de US$
11,5 milhões para conservar, a
partir de 2005, com substâncias
químicas os grandes e misteriosos
moai (estátuas) da ilha de Páscoa,
pertencente ao Chile.
As substâncias devem proteger
as estátuas da umidade e estancar
as suas rachaduras, que têm aumentado nos últimos anos.
O projeto se soma a um programa japonês de US$ 600 mil para
proteger das intempéries alguns
moai, incluindo os 15 mais famosos, localizados na plataforma de
Tongariki, na praia de Anakena.
De origem desconhecida, as estátuas são a principal atração turística do arquipélago da Polinésia e sua deterioração vem preocupando as autoridades locais.
"Algo precisa ser feito imediatamente. Se os moai forem destruídos, a ilha será destruída também
porque sem turismo essa ilha não
é nada", afirmou um dos diretores da Unesco Franceso di Castri,
especialista em Rapa Nui, como é
chamada a ilha pelos nativos.
A ação do vento e da chuva,
além de terremotos e maremotos,
contribuiu para causar estragos
nas estátuas, mas o primeiro a
provocar danos foi o homem.
Foram os próprios nativos que
colocaram alguns dos moai abaixo em guerras tribais. Os europeus, que chegaram à ilha em
1800, aceleraram a deterioração
ao trazerem ovelhas, cavalos e vacas, que pastavam e pisavam nas
estátuas caídas. Em 1900, alguns
turistas as quebraram.
"É impossível controlar os animais e as pessoas", afirma o guarda do parque Carlos Salinas, que
está aprendendo a ser mais rígido
com os turistas.
"Algumas vezes eles [guardas]
vão longe demais. Não deixam
você nem tirar uma foto do lado
[dos moai]", reclama um turista
espanhol em visita aos 15 moai da
plataforma de Tongariki.
O charme dos moai -e o duplo
enigma sobre a origem arqueológica e os métodos de engenharia
usados para mover as estátuas,
que pesam 90 toneladas e medem
até 22 m- leva 20 mil turistas por
ano à ilha de Páscoa e gera uma
receita de US$ 3 milhões nesse remoto local do Pacífico Sul.
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