UOL


São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RAPA NUI

Contrato com empresa alemã dará US$ 11,5 mi para estancar danos causados a estátuas gigantes na ilha de Páscoa

Unesco tem ajuda para conter fim de moai

DA REUTERS

A companhia alemã Maar Denkmalplflege fechou um contrato com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) de US$ 11,5 milhões para conservar, a partir de 2005, com substâncias químicas os grandes e misteriosos moai (estátuas) da ilha de Páscoa, pertencente ao Chile.
As substâncias devem proteger as estátuas da umidade e estancar as suas rachaduras, que têm aumentado nos últimos anos.
O projeto se soma a um programa japonês de US$ 600 mil para proteger das intempéries alguns moai, incluindo os 15 mais famosos, localizados na plataforma de Tongariki, na praia de Anakena.
De origem desconhecida, as estátuas são a principal atração turística do arquipélago da Polinésia e sua deterioração vem preocupando as autoridades locais.
"Algo precisa ser feito imediatamente. Se os moai forem destruídos, a ilha será destruída também porque sem turismo essa ilha não é nada", afirmou um dos diretores da Unesco Franceso di Castri, especialista em Rapa Nui, como é chamada a ilha pelos nativos.
A ação do vento e da chuva, além de terremotos e maremotos, contribuiu para causar estragos nas estátuas, mas o primeiro a provocar danos foi o homem.
Foram os próprios nativos que colocaram alguns dos moai abaixo em guerras tribais. Os europeus, que chegaram à ilha em 1800, aceleraram a deterioração ao trazerem ovelhas, cavalos e vacas, que pastavam e pisavam nas estátuas caídas. Em 1900, alguns turistas as quebraram.
"É impossível controlar os animais e as pessoas", afirma o guarda do parque Carlos Salinas, que está aprendendo a ser mais rígido com os turistas.
"Algumas vezes eles [guardas] vão longe demais. Não deixam você nem tirar uma foto do lado [dos moai]", reclama um turista espanhol em visita aos 15 moai da plataforma de Tongariki.
O charme dos moai -e o duplo enigma sobre a origem arqueológica e os métodos de engenharia usados para mover as estátuas, que pesam 90 toneladas e medem até 22 m- leva 20 mil turistas por ano à ilha de Páscoa e gera uma receita de US$ 3 milhões nesse remoto local do Pacífico Sul.


Texto Anterior: MSC: Em Santos pela primeira vez, Melody faz festa
Próximo Texto: Viajante chique: Tailândia quer receber ricaços
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.