São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

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Caminho à milenar Cidade Perdida exige disposição

Carlos Capella/El Tiempo
Turistas na Cidade Perdida, na Serra Nevada de Santa Marta


DA ENVIADA ESPECIAL A SANTA MARTA

O turista disposto a andar, com condicionamento físico e interesse arqueológico, deve ir à Cidade Perdida dos Tayrona -ou teyuna, como as comunidades indígenas a chama.
Descoberta em 1976 por um grupo do Instituto Colombiano de Antropologia, a cidade foi restaurada e hoje constitui o Parque Arqueológico Cidade Perdida-Teyuna, também conhecido como "Buritaca 200".
Segundo arqueólogos, o povoado foi fundado nos anos 800 e abandonado em algum momento entre os anos 1550 e 1600, após a chegada dos conquistadores espanhóis. Está a 1.100 m de altitude, à margem direita do rio Buritaca.
Acredita-se que o local tenha sido centro político e econômico de uma rede de pequenos vilarejos habitados pelos tayrona. Tanto na serra quanto na costa, foram descobertos 300 povoados arqueológicos que se comunicavam por uma intricada rede de caminhos.
Teyuna compreende um complexo sistema de arquitetura e engenharia, com caminhos de pedra, escadas, muros e praças circulares que se comunicam por uma série de 160 terraços e plataformas encravados na montanha, numa área de 200 hectares. O acesso à Cidade Perdida é por terra, e o ponto de partida é o município de Mamey, na rodovia que liga Santa Marta e Riohacha.
A caminhada através da espessa e úmida vegetação, entre as montanhas, leva entre dois e três dias para a ida e o mesmo tempo para a volta, e recomenda-se um dia de estada, o que dá uma semana de viagem.
No caminho, há casas rústicas onde se pode pernoitar. Outra opção é passar a noite nas estações da Fundación Pró-Sierra Nevada de Santa Marta.
É preciso contratar um guia e, antes da viagem, se informar com as autoridades sobre as condições de segurança, já que o parque fica numa zona tradicional de conflito armado. Em setembro de 2003, a guerrilha do ELN (Exército de Libertação Nacional) -hoje em negociação de paz com o governo colombiano- seqüestrou oito turistas estrangeiros que visitavam a Cidade Perdida. Os reféns foram libertados três meses depois. (CVN)


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