São Paulo, quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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Fim de inverno em NY

Escritor trocou os arranha-céus de Manhattan pelas catedrais da Europa há 15 anos, mas dia que agora pode ser a hora de voltar

RUY CASTRO
Colunista da Folha

Nova York no inverno? Uma delícia, principalmente quando cai a primeira neve. As ruas se cobrem de branco, o rosto das pessoas se ilumina e até as crianças saem das tocas para brincar na calçada -- onde elas se escondem no resto do ano? Por alguns dias, a população vive todos aqueles clichês que você já viu nos filmes: famílias patinando no Central Park, a Macy's abarrotada de velhinhas de cabelo azul, as moças com rosetas nas faces, noite fechada às 5 da tarde e gente disposta a um homicídio para conseguir um táxi.
Vivi tudo isso na mais longa temporada de inverno que passei em Nova York: 40 dias em janeiro e fevereiro de 1974, às expensas de uma revista americana para a qual trabalhava. Eles me hospedaram no Algonquin, o hotel da rua 44 Oeste, onde, nos anos 1920, os escritores, jornalistas e artistas mais mordazes da cidade se reuniam em torno de uma mesa redonda para dizer maldades hilárias uns contra os outros e contra todo mundo: Dorothy Parker, Robert Benchley, Alexander Woollcott, George S. Kaufman, Harpo Marx, muitos mais.


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