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FIM DE INVERNO EM NY
Incêndio de 1835 abriu caminho ao progresso urbano; local do atentado de 11 de Setembro é memorial
Entre percalços, cidade se reinventa
DA REDAÇÃO
A Nova York do início do século 19 era até que sonolenta: a
metrópole que nunca dorme tinha, então, pouco mais de 35
mil habitantes. E, em 1898, menos de um século depois, com
seus cinco bairros unificados, a
população, engrossada por
contingentes de imigrantes italianos, chineses e russos, saltou
para 3,4 milhões de pessoas.
O incêndio medonho de 1835
acabou abrindo caminho para o
progresso urbano -e logo surgiram milionários, alguns chamados de "robber barons" (ou
"barões-ladrões"). Empresários e financistas como Cornelius Vanderbilt, J.P.Morgan e
Jay Gould e, depois, John D.
Rockefeller, ajudaram a transformar a cidade em metrópole.
O mecenato de figuras inclusive controvertidas fez surgir
museus como o Metropolitan
(www.metmuseum.org), de
1880; a Ópera, de 1883; e o Museu de História Natural
(www.amnh.org), de 1877.
Mais um século se passou e,
em 1980, quando foi criada a
campanha "I love NY", em que
o logotipo de Michel Glaser incorporava o símbolo de um coração, Nova York (www.nycgo.com e www.newyork-visit.com), a metrópole já tinha perto de 700 museus.
Em 11 de setembro de 2001,
Nova York foi indelevelmente
abalada quando as torres gêmeas do World Trade Center
solaparam diante de atentados
terroristas. Soube reinventar
atrações nos anos seguintes,
atingiu níveis de visitação pré-atentados e, no lugar das cicatrizes, construiu um memorial.
Nos limites do Central Park,
onde a frenética Nova York
passeia e se diverte, surgiram,
na época dos atentados, outro
par de torres idênticas, o Time
Warner Building, projeto de
David M. Childs, do escritório
de arquitetura Skidmore,
Owings & Merrill.
Diante da rotatória marcada
pela estátua de Cristóvão Colombo, que descobriu a América em 1492, esse prédio cujo
endereço é 80, em Columbus
Circle, na esquina com a rua
60, abriga, do 35º ao 42º andar,
um hotel Mandarin Oriental
(www.mandarinoriental.com), em cujo Lobby Lounge vale tomar um drinque.
Dentro, há supermecado
-coisa rara lá, onde a comida é
vendida em mercearias-, lojas,
clube de jazz e restaurantes como o Per Se (www.perseny.com), de Thomas Keller.
Reservas são indispensáveis e o
céu é o limite para contas do
Per Se, onde se gasta ao menos
US$ 250 por pessoa.
Hoje, entre bistrôs luxuosos
e pés-sujos, Nova York tem uns
18 mil restaurantes. Provocador, seu mais temido crítico
gastronômico, o novaiorquino
Tim Zagat, 69, costuma dizer
que "não liga para estrelas",
numa evidente provocação ao
guia francês Michelin.
Nos guias Zagat, um sistema
dá notas de zero a 30 para mercadoria, apresentação e serviço, classificando o custo com os
conceitos I (barato, ou "inexpensive"), M (moderado, ou
"moderate"), E (caro ou "expensive") e VE ("very expensive", ou bem caro). E não há
praticamente nenhum estabelecimento de Nova York que
não ostente na vitrina o adesivo "Zagat Rated".
(SILVIO CIOFFI)
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