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PARQUES NACIONAIS
Com áreas em estado precário, reserva recebeu R$ 3,5 milhões para melhoria de sua infra-estrutura
Itatiaia faz 70 anos e enfrenta desafios
DA REPORTAGEM LOCAL
O Parque Nacional de Itatiaia
completa 70 anos em 2007 e
pela primeira vez em décadas
receberá R$ 3,5 milhões de investimentos para melhorar a
infra-estrutura básica da área
de quase 30 mil hectares, que
poderia ser mais bem aproveitada pelo visitante se houvesse
melhor sinalização e trilhas em
condições de uso.
O desafio é "recuperar e modernizar" o parque, afirma
Walter Behr, chefe do primeiro
parque nacional brasileiro -à
frente do Itatiaia desde 2005.
O programa foi lançado pela
ministra Marina Silva no dia 12
de abril e será finalizado até 14
de junho de 2007. Investimento proveniente de recursos de
compensações ambientais, R$
2,5 milhões serão destinados
para a renovação da infra-estrutura básica, o que significa
pintura, recuperação das partes hidráulica e elétrica, compra de equipamentos e mobiliário, troca do telhado. Uma faxina total na sede do parque e
no centro de visitantes.
"Há muito tempo não há uma
reforma. Décadas, eu diria, sem
revitalização e modernização
da estrutura", diz Behr.
O restante, R$ 1 milhão, será
dividido entre a sinalização e o
material de divulgação (R$ 500
mil) e uma segunda etapa da revitalização do acervo e da exposição do centro de visitantes.
"A idéia é que o processo de
revitalização dê as condições
para que o parque possa começar a se organizar."
Segundo Behr, investimentos em parques têm retornos
econômico, social e ambiental
garantidos. "Países que descobriram isso, como Costa Rica e
Equador, se deram bem."
Na parte baixa do parque, a
mais visitada e com entrada em
Itatiaia (RJ), com cerca de 80
mil visitas anuais, há duas ou
três cachoeiras atualmente que
têm acesso para visitantes.
Também há um museu e um
auditório, que precisam de reforma. Na parte alta, com portaria em Itamonte (MG), faltam sinalização e revitalização
das trilhas.
Modelo
"O parque tem todas as condições de ser um parque-modelo, um parque de ponta no Brasil", diz Behr.
Embora o chefe de Itatiaia
não tenha a pretensão de ter
um parque no nível dos norte-americanos, para ele, há exemplares na América Latina muito
bem estruturados, como o Galápagos, no Equador, o Torres
del Paine, no Chile, e os parques na Costa Rica.
O parque chileno, segundo
Behr, passou de 8.000 visitantes por ano para 80 mil em uma
década após planejar um sistema de travessia, no qual o turista pode pernoitar no trajeto e
atravessar uma região.
Em Itatiaia, hoje não há condição de abrir trilhas de travessia. "Temos que arrumar o que
está aberto. O famoso Abrigo
Rebouças está num estado lastimável", diz Behr.
(MM)
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