São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 2006

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PARQUES NACIONAIS

Escalada ao Agulhas Negras deve começar cedo; na parte baixa, famílias descansam em hotéis na mata

Aventureiro sente-se em casa no alto

DA REDAÇÃO

Na "tríplice" fronteira entre os Estados de São Paulo, Rio e Minas Gerais, o Parque Nacional de Itatiaia é o número um -não em visitas nem em conservação, mas em antigüidade. O parque mais velho do Brasil tem duas entradas, uma fluminense, por Itatiaia, e uma mineira, por Itamonte. É também dividido: tem parte alta e parte baixa, com vegetação muito diferente: verdejante no Rio e rasteira em Minas. Para chegar à parte alta, mais distante para os paulistanos, é preciso enfrentar os 17 km da estrada Abrigo Rebouças, toda de terra, em condição regular. Não há risco de o carro atolar, mas cuidado se você estiver viajando com um veículo baixo. De maio a agosto, época da estiagem, é o melhor período para se aventurar no alto. Quem vai para cima tem de estar disposto a acordar cedo, para fazer trilhas e escalar. A parte alta abre às 7h, e o visitante não entra após as 14h, por questões de segurança. A paisagem é maravilhosa. Mas o tempo muda rapidamente, e não raro se tem a imagem da névoa movimentando-se, impedindo ou descortinando a vista da serra da Mantiqueira. A mais de 2.300 m de altitude, a parte alta de Itatiaia revela-se um parque para aventureiros e com frescura zero. Só há banheiros antes de começar a trilha, no Abrigo Rebouças, usado por pesquisadores. A parte alta possui um dos cinco picos mais altos do Brasil, o das Agulhas Negras, com 2.787 m. Além dele, os visitantes vão para as Prateleiras, a 2.539 m de altitude, muito disputadas, e à pedra do Couto, a 2.680 m. Para todas essas escaladas e trilhas, é preciso pagar R$ 12 na portaria do parque. Por isso, muitos montanhistas preferem ir ao morro do Camelo, a 2.318 m, fora da portaria. Há guias credenciados para auxiliar turistas na parte alta, mas fique atento na hora de contratá-los, pois há profissionais que não transmitem segurança. Nem sempre o mais barato ou simpático é o melhor. A presença do guia não é obrigatória, porém os iniciantes não devem enfrentar a aventura sozinhos. Já os mais experientes só escalam sem guia se assinarem um termo de responsabilidade.

Embaixo
A parte baixa é o oposto da alta. Sem roteiros de aventura e com hotéis imbricados na mata preservada, é prefeita para famílias e casais. São 250 km de São Paulo até lá. Da rodovia Dutra até a entrada do parque, são 8 km em estrada asfaltada. São cobrados R$ 5 por veículo de taxa de visitação -mais R$ 3 por pessoa-, contudo quem for se hospedar em um hotel dentro do parque e chegar após as 17h receberá um crachá para ser pendurado no carro e, no dia seguinte, não poderá fazer um passeio sem antes voltar à portaria e pagar a taxa. Isso porque a empresa contratada para a cobrança trabalha das 8h às 17h. A 750 m de altitude, a parte baixa tem vegetação de mata atlântica e cachoeiras. É preciso subir 260 m até a Véu de Noiva e 520 m até a do Itaporani -por um trilha um tanto escorregadia-, mas não é raro ver famílias inteiras, do neto ao avô, percorrendo o trajeto. Há também um museu com animais e pássaros empalhados, mas com cheiro de mofo e pedindo reparos -que devem ocorrer até o ano que vem.


Colaborou LALO DE ALMEIDA
AGÊNCIAS - Rota Turismo (tel.: 0/ xx/35/3363-3207): passeio para as Prateleiras e para Agulhas Negras, R$ 40; para a pedra do Couto, R$ 35; Na Outside Safári (tel.: 0/xx/35/ 3363-1622), os tours custam, respectivamente, R$ 82, R$ 72 e R$ 62
www.rotaturismo.com.br;
www.outsidesafari.com


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