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ECOTURISMO
Ruas de Pirenópolis são de pedra e cheias de bares; trilhas levam a 20 cachoeiras, algumas de difícil acesso
Ex-cenário de novela tem aventura e paz
ANDREA MIRAMONTES
EM PIRENÓPOLIS (GO)
Uma cidade cujas águas já banharam a personagem hippie
Cristal, interpretada por Sandy na
novela "Estrela-Guia" (Globo,
2001), recebe visitantes com uma
mistura de comida caseira e sossego com bares e aventura.
A vida de um visitante na pequena e provinciana Pirenópolis
-localizada na serra dos Pireneus, entre Goiânia (a 117 km) e
Brasília (a 150 km)- segue o esquema bares e restaurantes antigos durante a noite.
De dia, sem nenhum estresse,
divide-se o tempo entre trilhas e
cachoeiras. Não é para menos, os
locais juram que há mais de 20 delas espalhadas por ali.
Duas das mais conhecidas são a
Bonsucesso, a 5 km da cidade, que
reúne várias quedas-d'água, e a
Araras, a 17 km de Pirenópolis.
Essa última ganhou fama por
ter sediado as filmagens da novela
da TV Globo em que Sandy "molhava seus pezinhos". O acesso a
ela não é tão simples. Para chegar,
é preciso pegar a rodovia que vai a
Goianésia, trafegar por um pedaço de asfalto e outro de terra, com
trechos precários. Quem quer se
aventurar na água gelada encontra nela o local ideal. A queda-d'água não é tão grande, mas tem como base uma piscina natural convidativa. Muitas cachoeiras ficam
em propriedades particulares e
para ter acesso a elas tem que se
pagar um ingresso que custa R$ 5,
em média.
Se essa rua... se essa rua
Se as ruas da cidade fossem do
turista, ele as deixava exatamente
como são: feitas de pedras, difíceis
de caminhar sem torcer o tornozelo, mas com o charme próprio
de antigamente, combinando
com a arquitetura colonial.
Aliás, aqui vai um conselho para
as mocinhas: nem ocupem a mala
com plataformas, muito menos
sapatos de salto fino.
Nessas ruas pedregosas espalha-se uma culinária variada para
uma cidade com cerca de 20 mil
habitantes. A via principal dos bares agrega de cantinas italianas a
locais que vendem peixe na telha.
Cafés e crepes também disputam
espaço e clientes entre as portinholas que oferecem o tradicional
empadão goiano -uma verdadeira refeição.
Dependendo do local, é possível
digerir um jantar à luz de velas e
ao som da dupla MPB e violão.
Aos consumistas também não
faltam lojinhas de artesanato. Nas
barraquinhas de rua, acessórios
como bolsas feitas de "fuxico" são
oferecidos a preços acessíveis
(cerca de R$ 25).
Assim como o artesanato, a hospedagem também é rústica, oferecida nas pousadas encontradas
quase em cada esquina da cidade.
No café da manhã caseiro são servidos pães, manteiga, biscoitos e
geléias, tudo "feito pela vovó". O
ideal é alimentar-se bem pela manhã, para aguentar as trilhas que
dão acesso às cachoeiras -algumas nada fáceis para quem não
tem preparo físico.
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