São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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"MY KIND OF TOWN"

Torres e parques fazem de Chicago museu a céu aberto

Cidade tem o maior acervo de estátuas nas ruas dos EUA, além de prédios saídos de pranchetas célebres

Silvio Cioffi/Folha Imagem
ESPELHO URBANO
No Millennium Park, a escultura "Cloud Gate', de Anish Kapoor, tem 110 toneladas e reflete o skyline da cidade; aberto em julho de 2004, local também abriga o teatro Jay Pritzker Pavillion


SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

À beira do lago Michigan, com 37 km de costa urbanizada em forma de jardins e marinas -com destaque para o parque Grant, sede de museus e instituições culturais-, Chicago é universalmente reconhecida como a capital da arquitetura.
Dona de uma história eletrizante, a cidade, hoje com quase 3 milhões habitantes, foi devastada por um incêndio em 8 de outubro de 1871. Depois, a "Windy City" (cidade do vento), então repleta de imigrantes e dona de um traçado urbano tortuoso, renasceu como metrópole planejada, erguendo os primeiros arranha-céus.
Tanto em obras ultracontemporâneas, caso do Millennium Park, implantado em 2004 para incrementar o lazer numa esquina do parque Grant, quanto em prédios criados por renomados arquitetos do início do século 20, Chicago foi chamada pelo escritor Norman Mailer de "a última metrópole verdadeiramente americana."
Ao lado do tradicional Instituto de Arte de Chicago, o Mil lennium Park é prova da sua renovação permanente: abriga imensa escultura de aço do indiano-britânico Anish Kapoor, o teatro metálico aberto em ondas para o parque e o pavilhão Jay Pritzker, criação do arquiteto canadense Frank Gehry.
Para confirmar a vocação de vitrina arquitetônica, a Chicago Architecture Foundation (CAF) organiza 85 tours guiados mostrando obras de diversas épocas e estilos. Assim, desde o Loop, estrutura férrea que já suportava o metrô de superfície nos anos 1880, na zona central, até prédios saídos da prancheta de Frank Lloyd Wright e do ultracontemporâneo César Pelli, nascido na Argentina, Chicago é um museu a céu aberto. Tem mais estátuas do que qualquer outra cidade dos EUA, exibindo nas ruas esculturas de Picasso, Chagall , Miró, Gaudí e Calder.
Quente no verão, no meio do ano, e gélida no inverno, no fim do ano, a "Windy City" é "cool" a qualquer tempo. Tem compromisso musical com o blues, aliás citado até em "My Kind of Town", canção interpretada por Frank Sinatra nos anos 1960 que também alude à hospitalidade e ao Wrigley Building, prédio histórico da avenida Michigan que marca a foz do rio Chicago e, no lado norte, o início da Magnificent Mile, onde há lojas e hotéis de luxo.


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