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nos alpes
Edifícios históricos funcionam como hotel
QUANTO Diárias custam a partir de R$ 170, mas preço médio é R$ 675
ELIANE SILVA
ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA
Eles nasceram há centenas
de anos, preservam sua arquitetura de época. Aparecem em
todas as regiões do pequeno e
desenvolvido país de 716 anos,
que tem no turismo um dos pilares de sua economia. São os
hotéis históricos da Suíça.
Trinta e dois dos quase 5.000
hotéis suíços são classificados
como históricos. Eles navegam
do extremo luxo de um palácio
à simplicidade de um dois-estrelas. Todos têm na gastronomia um atrativo a mais e estão
instalados em estações de inverno ou bem perto delas. As
diárias começam em 62 (R$
170), mas a média é de cerca de
253 (R$ 675). Os cinco-estrelas luxo superior têm suítes de
até 7 mil (R$ 18,6 mil).
Vamos limitar nossa viagem
a dois Cantões (Estados): Valais e Grisões, no sul e sudeste
do país. Antes do embarque, alguns lembretes: a Suíça, que
tem uma das mais altas rendas
per capita do mundo, é cara para o bolso brasileiro. Uma água
(600 ml) chega a custar 5 francos suíços, ou seja, R$ 8,50.
Palácio
Entrar no Badrutt's Palace
Hotel, na estação de inverno St.
Moritz, é voltar no tempo. De
1872, o prédio passou ao controle da família Badrutt em
1883. Coube a Johannes Badrutt apresentar aos primeiros
turistas ingleses os esportes de
inverno em St. Moritz. A inauguração foi em julho de 1896.
Hoje, o Badrutt's Palace é sinônimo do glamour e das fortunas que freqüentam St. Moritz.
Quando se fala em história, o
hotel Monte Rosa tem muito a
contar. Abrigo dos pioneiros alpinistas da Matterhorn (4.478
m), foi erguido em 1853. "Eu
não ficaria surpreso se visse
Edward Whymper e o primeiro
grupo de guias de montanhas
pelos corredores", disse o professor suíço Jean-Louis Leuba,
hóspede freqüente desde 1964,
se referindo ao inglês pioneiro
na escalada da Matterhorn.
O Monte Rosa, com hall art
noveau e mobília do século 19,
preserva as características de
um hotel alpino centenário.
Em Flims, a uma hora de
trem de Zurique, o resort Park
Hotel Waldhaus, de 1877, é formado pelo Grand Hotel, o hotel
Belmont e o Villa Silvana.
As construções são interligadas por uma galeria subterrânea que leva à área de entretenimento, dos anos 1920, com restaurantes, bares, sala de fumantes, museu da história dos
hotéis, sala de cristais e clube.
Uma pirâmide de vidro abriga o
spa de 2.500 m2.
Românticos
A menos de um quilômetro
do Waldhaus fica o Romantik
Hotel Schweizerhof, que mantém intacta a aura da belle époque. Tendo no passado hospedado Nietzsche e Einstein por longas temporadas, o pequeno
hotel com cozinha extraordinária recebe muitos hóspedes do
cinema e da literatura mundial,
que exigem privacidade.
Falando em hotéis tão românticos quanto históricos,
quatro outros se destacam no
Cantão dos Grisões: Chesa Salis
Romantik, em Bever, Chesa
Grischuna, em Klosters, Hotel
Albrici, em Poschiavo, e Romantik Stern, em Chur.
Erguida em 1590 como uma
casa de fazenda de um mercador italiano, o imóvel que hoje
abriga o Chesa Salis foi transformado em mansão aristocrática de três andares em 1883.
O hotel, no centro velho da
vila Bever -outrora ponto de
partida para a caminhada de
Santiago de Compostela-, tem
18 quartos. Um deles é coberto
de pinturas do século 19, outro
de tecido, outro de madeira...
O Chesa Grischuna, de 1938,
guarda a atmosfera das montanhas. Fundado pelo professor
de esqui Hans Guller, o chalé é
administrado pela filha dele,
Barbara.
O livro de hóspedes relata o
sucesso do hotel: já passaram
por lá o príncipe Charles e seus
filhos, Orson Welles, Greta
Garbo, Cary Grant, Audrey
Hepburn, Winston Churchill,
Billy Wilder e outros.
Em Poschiavo, o hotel Albrici
foi erguido em 1682 como um
"palazzo". Um dos destaques
do Albrici é a sala das Sibilas,
decorada com vinte quadros da
profetisa mitológica, além de
um imenso relógio de 1781.
Em Chur, o Romantik Hotel
Stern, de 300 anos, tem a atmosfera das cavalgadas. O pai
do dono era cavaleiro, assim como o avô e o bisavô...
ELIANE SILVA viajou a convite da Switzerland
Tourism e da Swiss (companhia aérea)
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