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OUTONO EM WASHINGTON
Estabelecimento aberto em julho deste ano testa o dom do visitante de praticar a atividade
Museu desvela segredos de espionagem
DA ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
O mistério já começa antes
mesmo de o visitante entrar no
Museu Internacional da Espionagem, aberto em julho deste ano
em Washington, já que ele fica
dentro de cinco prédios distintos,
todos históricos, que mantiveram
suas fachadas originais (uma diferente da outra), "disfarçando" o
que abrigam no interior, embora
haja um letreiro deixando claro
do que se trata.
Após a subida em um elevador,
o itinerário começa numa sala
com várias identidades falsas nas
paredes para o visitante escolher
uma. O objetivo é checar a sua habilidade como espião, testando
sua capacidade de memorização.
Sorte que há um tal José da Silva
entre as falsas personalidades, o
que ajuda os visitantes vindos do
Brasil a acertar todas as informações sobre a sua nova identidade
num terminal de computador
disponível entre a primeira sala e
um pequeno auditório, onde passa um curto filme, apenas razoável, sobre a espionagem.
Também logo no início da exposição diversos jogos interativos
divertem os visitantes. Num deles,
feito para três jogadores, ganha
quem acertar primeiro qual a situação das pessoas na tela à frente
(se, por exemplo, estão disfarçados e à espreita ou se vivem uma
situação imprevista).
Em outro jogo, o visitante tem
que descobrir num vídeo do computador uma pessoa especialista
em disfarces em locais públicos,
como o saguão de um hotel ou
uma estação de metrô.
Instrumentos como minicâmeras e armas disfarçadas estão espalhados por todo lado, incluindo
um guarda-chuva com a ponta
venenosa utilizado por um espião
da KGB (antigo serviço secreto
soviético) para matar um dissidente da entidade em 1978.
Os aficionados por James Bond
vão se esbaldar com um automóvel Aston Martin DB5 utilizado
no filme "007 contra Goldfinger",
de 1964. De minutos em minutos,
ele dá um pequeno espetáculo ao
som da música-tema do agente
britânico, abrindo o porta-malas
e atirando pelos faróis.
Também não faltam no museu
livros sobre o tema, cartazes de filmes de espionagem, vídeos, informações sobre espiões famosos,
computadores multimídia com
mapas e histórias famosas de segredos de espionagem.
Tendo como diretores e integrantes do conselho ex-membros
do FBI, da CIA e da KGB, o local
disseca a história da espionagem
da era bíblica ao século 20, reservando alas especiais à Segunda
Guerra e à Guerra Fria.
Como a grande maioria dos
museus dos EUA, a lojinha deste
merece vários minutos de atenção, com seus brinquedos, livros,
ímãs de geladeira e um CD com
uma seleção de músicas-tema de
filmes de espionagem, como "A
Pantera Cor-de-Rosa", "Missão
Impossível" e, claro, do já citado
007.
(MARISTELA DO VALLE)
Museu Internacional da Espionagem
- 800 F St., tel. local: 202/393-7798,
www.spymuseum.org, aberto das 10h
às 18h; ingressos: US$ 11 (adultos); US$ 9
(acima de 65 anos); US$ 8 (crianças de 6 a
12 anos); grátis (crianças com menos de
cinco anos).
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