São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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OUTONO EM WASHINGTON

Estabelecimento aberto em julho deste ano testa o dom do visitante de praticar a atividade

Museu desvela segredos de espionagem

DA ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON

O mistério já começa antes mesmo de o visitante entrar no Museu Internacional da Espionagem, aberto em julho deste ano em Washington, já que ele fica dentro de cinco prédios distintos, todos históricos, que mantiveram suas fachadas originais (uma diferente da outra), "disfarçando" o que abrigam no interior, embora haja um letreiro deixando claro do que se trata.
Após a subida em um elevador, o itinerário começa numa sala com várias identidades falsas nas paredes para o visitante escolher uma. O objetivo é checar a sua habilidade como espião, testando sua capacidade de memorização.
Sorte que há um tal José da Silva entre as falsas personalidades, o que ajuda os visitantes vindos do Brasil a acertar todas as informações sobre a sua nova identidade num terminal de computador disponível entre a primeira sala e um pequeno auditório, onde passa um curto filme, apenas razoável, sobre a espionagem.
Também logo no início da exposição diversos jogos interativos divertem os visitantes. Num deles, feito para três jogadores, ganha quem acertar primeiro qual a situação das pessoas na tela à frente (se, por exemplo, estão disfarçados e à espreita ou se vivem uma situação imprevista).
Em outro jogo, o visitante tem que descobrir num vídeo do computador uma pessoa especialista em disfarces em locais públicos, como o saguão de um hotel ou uma estação de metrô.
Instrumentos como minicâmeras e armas disfarçadas estão espalhados por todo lado, incluindo um guarda-chuva com a ponta venenosa utilizado por um espião da KGB (antigo serviço secreto soviético) para matar um dissidente da entidade em 1978.
Os aficionados por James Bond vão se esbaldar com um automóvel Aston Martin DB5 utilizado no filme "007 contra Goldfinger", de 1964. De minutos em minutos, ele dá um pequeno espetáculo ao som da música-tema do agente britânico, abrindo o porta-malas e atirando pelos faróis.
Também não faltam no museu livros sobre o tema, cartazes de filmes de espionagem, vídeos, informações sobre espiões famosos, computadores multimídia com mapas e histórias famosas de segredos de espionagem.
Tendo como diretores e integrantes do conselho ex-membros do FBI, da CIA e da KGB, o local disseca a história da espionagem da era bíblica ao século 20, reservando alas especiais à Segunda Guerra e à Guerra Fria.
Como a grande maioria dos museus dos EUA, a lojinha deste merece vários minutos de atenção, com seus brinquedos, livros, ímãs de geladeira e um CD com uma seleção de músicas-tema de filmes de espionagem, como "A Pantera Cor-de-Rosa", "Missão Impossível" e, claro, do já citado 007. (MARISTELA DO VALLE)

Museu Internacional da Espionagem - 800 F St., tel. local: 202/393-7798, www.spymuseum.org, aberto das 10h às 18h; ingressos: US$ 11 (adultos); US$ 9 (acima de 65 anos); US$ 8 (crianças de 6 a 12 anos); grátis (crianças com menos de cinco anos).


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