São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

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JOGO DA PACIÊNCIA

Dizer "La, shukran" (não, obrigado) dribla a insistência egípcia

Calma aplaca assédio de vendedor

NO EGITO

Viajar para o Egito requer boa dose de paciência e bom humor. E aprender rapidinho a dizer "La, shukran" (não, obrigado). Assim o viajante estará mais bem preparado para o assédio de vendedores e taxistas e para exercer a arte de negociar e pechinchar, dar e negar gorjetas.
Por exemplo, digamos que você esteja a caminho do banheiro. Embora a placa indicando o local esteja à sua frente, alguém pode apontá-la assim mesmo e pedir um baksheesh (gorjeta). Ou você está no banheiro, e uma mulher abre a torneira para você, mesmo que não haja nenhum truque especial para isso. E ela aguarda um baksheesh. Num país onde muitos vivem na pobreza, o baksheesh é quase uma arte, um hábito comum, que extrapola o pagamento extra pelo serviço do garçom ou do porteiro do hotel.
O assédio por parte de vendedores também é grande. Basta andar nas ruas que a todo momento um taxista (e sua buzina) pára para oferecer uma corrida. Nessas horas, vale recusar enfaticamente ou pechinchar bem, já que eles não possuem taxímetros. O mesmo vale para passeios de charrete e de barco.
Já nos souqs, pechinchar é parte da diversão, e não hesite em jogar o preço lá em baixo, pois muitas vezes dá para perceber que os preços aumentam quando se é estrangeiro.
Os próprios vendedores parecem se divertir com tudo. O assédio é tanto que algumas lojas, para atrair os mais tímidos, colocam placas onde dizem que ali não há assédio, que o cliente pode olhar à vontade.
Tudo isso pode em algum momento irritar o viajante. Mas a melhor maneira de encarar isso é mantendo a calma e fazendo dele parte da diversão da viagem. (CKT)


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