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JOGO DA PACIÊNCIA
Dizer "La, shukran" (não, obrigado) dribla a insistência egípcia
Calma aplaca assédio de vendedor
NO EGITO
Viajar para o Egito requer boa
dose de paciência e bom humor.
E aprender rapidinho a dizer
"La, shukran" (não, obrigado).
Assim o viajante estará mais
bem preparado para o assédio
de vendedores e taxistas e para
exercer a arte de negociar e pechinchar, dar e negar gorjetas.
Por exemplo, digamos que você esteja a caminho do banheiro. Embora a placa indicando o
local esteja à sua frente, alguém
pode apontá-la assim mesmo e
pedir um baksheesh (gorjeta).
Ou você está no banheiro, e uma
mulher abre a torneira para você, mesmo que não haja nenhum truque especial para isso.
E ela aguarda um baksheesh.
Num país onde muitos vivem
na pobreza, o baksheesh é quase
uma arte, um hábito comum,
que extrapola o pagamento extra pelo serviço do garçom ou
do porteiro do hotel.
O assédio por parte de vendedores também é grande. Basta
andar nas ruas que a todo momento um taxista (e sua buzina)
pára para oferecer uma corrida.
Nessas horas, vale recusar enfaticamente ou pechinchar bem,
já que eles não possuem taxímetros. O mesmo vale para passeios de charrete e de barco.
Já nos souqs, pechinchar é
parte da diversão, e não hesite
em jogar o preço lá em baixo,
pois muitas vezes dá para perceber que os preços aumentam
quando se é estrangeiro.
Os próprios vendedores parecem se divertir com tudo. O assédio é tanto que algumas lojas,
para atrair os mais tímidos, colocam placas onde dizem que ali
não há assédio, que o cliente pode olhar à vontade.
Tudo isso pode em algum momento irritar o viajante. Mas a
melhor maneira de encarar isso
é mantendo a calma e fazendo
dele parte da diversão da viagem.
(CKT)
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