São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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internacional

Singularidade histórica e cultural define destinos de "geoturismo"

Tendência de mercado, modalidade prevê preservação da autenticidade

DA ASSOCIATED PRESS

Viajar para a costa da Nova Inglaterra para comer mariscos, ouvir jazz em Nova Orleans, visitar uma pequena fazenda de café orgânico da Guatemala. Essas são três viagens totalmente diferentes, mas que têm algo em comum: todas podem ser consideradas "geoturismo", o termo criado para designar viagens em que a particularidade da cultura e da história do destino são o principal fator de atração e a homogeneização é o grande inimigo.
O termo é tão novo que poucos turistas o usam. Mas ele está nos lábios dos profissionais do turismo, que o descrevem como um passo além do já conhecido turismo sustentável. O "geoturismo" encoraja a preservação da natureza, mas é principalmente a favor da preservação da autenticidade.
"Pessoas tendem a gostar de tudo que não poderão ver em nenhum outro lugar. Estão procurando coisas que não sejam homogeneizadas", diz David DePetrillo, diretor de turismo de Rhode Island.
Rhode Island assinou o documento Geotourism Charter, da National Geographic Society, juntando-se a Arizona, Guatemala, Honduras, Noruega e Romênia, em que adere aos ideais do "geoturismo".

Cuidados
"Agora mais do que nunca é fácil se mover ao redor do globo. Se, por um lado, a facilidade de acesso é positiva, por outro, ela deixa muitos lugares expostos a várias formas de exploração", afirma Jonathan B. Tourtellot, primeiro diretor de destinos sustentáveis da National Geographic Society (www.nationalgeographic.com/travel/sustainable).
Tourtellot cunhou o termo "geoturismo", publicado pela primeira vez na "National Geographic Traveler", e diz que a meta é trazer o foco do turismo de volta para o caráter do lugar. "O inimigo do turismo é a mesmice", diz.
Quando os destinos destacam as coisas que fazem deles especiais, não só atraem mais turistas como ajudam a comunidade local a apreciar mais sua unicidade. Isso motiva os moradores a preservar seus recurso naturais e culturais para manter o fluxo de turistas.


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