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raiz paranaense
Restaurante atrai com verdadeira festa da vodca
COLEÇÃO Com 47 marcas da bebida, entre rótulos russos, poloneses e ucranianos, o Durski une cultura e sabor dos povos
DO ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA (PR)
A verdadeira festa da vodca
acontece no restaurante russo-polonês-ucraniano Durski, em
Curitiba. Constam no cardápio
47 marcas diferentes da bebida
típica da Europa Oriental, mas
produzida em todo o mundo.
A lista inclui 11 vodcas russas,
sete polonesas, sete suecas, seis
francesas, cinco britânicas e
apenas uma ucraniana. O total
depende das viagens internacionais do proprietário, que
costuma trazê-las na bagagem.
A bebida é servida em copos pequenos encravados em blocos
de gelo.
Os povos da Europa Oriental
são ao mesmo tempo divididos
e unidos pela história comum,
com muitas guerras entre eles.
Se por um lado os poloneses são
majoritariamente católicos e
escrevem com alfabeto latino,
os ucranianos e russos são
principalmente cristãos ortodoxos e usam o alfabeto cirílico.
Mas a língua, a cultura e a culinária têm muito em comum.
Por isso Luiz Renato Durski
Júnior resolveu criar seu restaurante e tornar-se chef de cozinha, algo que estava fazendo
falta na capital paranaense.
Depois de fechado o tradicional restaurante Warsóvia, praticamente não havia onde ir para experimentar a culinária de
povos que tanto contribuíram
para a história do Paraná. É como se não existissem restaurantes japoneses em São Paulo.
"Hoje é o único restaurante;
eu fiz para divulgar a cultura e a
culinária, como um hobby", diz
Durski, cuja ocupação principal é o comércio de madeira, e
cujo trisavô, Jerônimo -ele
conta-, foi o primeiro imigrante oficial polonês no Paraná.
Além do restaurante dele, a
culinária da Europa Oriental
está representada em Curitiba
por uma casa de chá, a Kawiarnia Krakowiak, na entrada do
bosque do Papa, onde se come
um "almoço típico polonês".
A refeição (R$ 17) inclui uma
sopa de beterraba com creme,
"barscz"; pastel cozido com requeijão e batata, "pierogi"; e repolho refogado com carnes defumadas e lingüiça, tudo de
porco, "bigosz".
Os doces altamente calóricos
deixariam uma modelo e atriz
mais assustada do que a uma visita a uma biblioteca. Tortas como a "makowiec" incluem papoula, maçã, passas, nozes,
chocolate e leite condensado.
A casa de chá também faz um
quentão original, com vinho e
vodca, além dos tradicionais
gengibre, laranja, cravo e canela, criação da proprietária, Nadia Lisicki de Abreu, cuja mãe,
Danuta Lisicki, coordena o bosque ao lado.
Também é possível comer ali
aquela que dizem era a sobremesa preferida do papa João
Paulo 2º, um folhado de creme
com baunilha e nata chamado
"kremowka".
(RBN)
RESTAURANTE DURSKI
Av. Jaime Reis, 254, São Francisco
(Largo da Ordem)
Tel.: 0/xx/41/3225-7893
CASA DE CHÁ KRAKOWIAK
Travessa Wellington de Oliveira
Vianna, 40, Centro Cívico
Tel.: 0/xx/41/3026-7462
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