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Cuidados podem impedir diarréia
DA REPORTAGEM LOCAL
A diarréia dos viajantes, que
aflige quase 50% deles, é a campeã
em estragar um passeio. "Um dos
maiores dramas dos viajantes é a
diarréia, independentemente do
que se come", diz o médico Jorge
Mattar, diretor do pronto-atendimento do Hospital Sírio Libanês.
Uma das teorias, segundo o médico, é que, ao mudar de ambiente, a pessoa entra em contato com
uma outra população de bactérias
a que não está acostumada.
Nas cidades em que as condições de saneamento são ruins,
não vacile na hora de beber água.
Além da diarréia, pode-se contrair hepatite A. Peça um refrigerante, mas cuidado com o gelo,
pois a água pode estar contaminada. "Não adianta beber Coca-Cola
e pôr uma pedra de gelo dentro",
diz a médica Eliana Gutierrez.
Mais um alerta para quem faz
trilhas e se depara com uma irresistível mina d'água: "Águas cristalinas enganam, ali pode haver
bactérias", avisa Mattar.
Remédios
O turista também pode levar
uma malinha de remédios. Os
médicos advertem para o perigo
da auto-medicação, mas não descartam a hipótese de o viajante ter
um kit com medicamentos básicos: analgésico para dores, antiespasmódico para cólicas, antiinflamatório para dor de garganta.
A precaução tem explicação. O
destino pode ser inóspito, e a farmácia mais próxima estar a 200
km de distância por estrada de difícil acesso. Nos EUA ou na Europa, nem sempre é possível comprar certos remédios sem receita.
A venda de alguns medicamentos adquiridos sem necessidade
de prescrição no Brasil é proibida
em alguns países. "A pessoa deve
levar o remédio que está acostumada a tomar", aconselha Mattar.
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