|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FRIO CHILENO
Portillo encerra as sextas-feiras com descida de tochas
Complexo dá atenção a toda a família, mas não esquece aventureiros, que saltam de helicóptero na neve
CAIO GUATELLI
ENVIADO ESPECIAL A PORTILLO
Vizinha do pico do Aconcágua e da fronteira argentina, a
estação de esqui Portillo fica
2.870 m acima do mar e reúne
infra-estrutura para praticantes de esportes de inverno.
Duas horas e meia distante
de Santiago, fica a nordeste da
capital chilena. O caminho para
o alto dos Andes é bem íngreme, cheio de ziguezagues em
meio a penhascos nevados.
Carros e enormes caminhões
dividem as centenas de curvas
da estrada que leva ao passo
Cristo Redentor, uma das fronteira do Chile com a Argentina.
A poucos metros dali fica
Portillo, um dos mais antigos
centros de esqui dos Andes e
freqüentado por famílias.
Fundada em 1949, a estação
já foi o palco do Campeonato
Mundial de Esqui em 1966, o
único disputado na América do
Sul. Até hoje a estrutura original é preservada, a arquitetura
robusta deixa clara a idade do
prédio, que, apesar do moderno
sistema de calefação, ainda
conserva as antigas caldeiras a
óleo da época de sua fundação.
Já os teleféricos foram todos
substituídos. No total são 13
"ski-lifts", entre os que têm cadeiras quádruplas, triplas e duplas e os entrepernas.
As pistas de Portillo oferecem vários níveis de dificuldade, das verdes, classificação para principiantes, até as pretas,
para profissionais. No total, a
estação contabiliza 18 pistas
monitoradas.
Há ainda a possibilidade de
alcançar as mais altas encostas
de neve em helicóptero. Esse
serviço, chamado de "heliski", é
oferecido à parte e funciona exclusivamente para esquiadores
capazes de enfrentar grandes
inclinações, em ângulos maiores que os de 50.
E, enquanto eles encaram a
neve virgem das montanhas,
famílias esquiam em Portillo,
acompanhadas de instrutores,
sempre preparados para atender dos mais inexperientes aos
mais malucos, que atravessam
o penhasco de rochas pontiagudas da Gargantilla.
Quando se cansa de deslizar
nas encostas, o viajante pode
optar por caminhar calmamente sobre elas. Faz isso com o
"snowshoe", bota que traz uma
raquete acoplada a sua sola e
possibilita a caminhada na neve fofa -sem o "snowshoe", o
pé afunda até os joelhos.
Todos os equipamentos de
esqui e snowboard estão disponíveis para aluguel em Portillo.
A exceção são as calças e os casacos, que devem ser levados
ou alugados ainda em Santiago.
Portillo tem três restaurantes, um deles, o Tio Bobs, fica
no ponto mais alto da estação,
o Plateau. Lá só se chega de teleférico e, com exceção das
quintas, dia em que se pode
descer em teleférico, a única
via de volta é uma pista de nível
azul (para experientes).
Toda sexta, às 20h, acontece
a descida de tochas, uma atração comum em estações de esqui, em que hóspedes e instrutores descem a montanha empunhando tochas que iluminam a montanha à noite. É um
espetáculo rápido, de dois minutos, mas vale a pena.
Para os que se cansam rápido, há uma piscina do lado de
fora do hotel: a água é aquecida
a 36C e há neve nas bordas.
O repórter-fotográfico Caio Guatelli viajou a
convite de Portillo e da LAN
Texto Anterior: Frio Chileno: Centro tem hospedagem "pé na neve" Próximo Texto: Pacotes Índice
|