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36 HORAS E 1/2 NA CIDADE DA BAHIA
Alugue um carro e dê fugida até Imbassaí
Até início dos anos 90, era preciso ir andando mais de 10 km de barco ou por estrada de terra para chegar
DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
Perto de concorrentes como
o histórico Pelourinho, a onipresente musicalidade e a cada
vez mais cosmopolita vida gastronômica, é difícil sugerir um
destino de praia para marinheiros de primeira viagem que
passam poucas horas em Salvador. Mas um endereço certamente vale a praia, Imbassaí.
Até lá, quem se rende ao velho calção de banho deve percorrer 60 km no rumo norte
pela bem-conservada Estrada
do Coco, que depois vira a Linha Verde. Mas convém acordar cedo e pegar a rodovia antes
do trânsito, que costuma ser
pesado nos finais de semana. O
vilarejo tem certa infra-estrutura, mas não perdeu o jeito de
paraíso perdido. A faixa mais
povoada da areia fica junto às
barracas, nem sempre abertas.
No município de Mata de São
João, o mesmo em que está a
badalada Praia do Forte, outra
vantagem em relação à vizinha
famosa é que o mar em Imbassaí não tem as pedras que formam piscinas naturais, mas dificultam o banho de mar, típicas da Praia do Forte.
Até o começo dos anos 1990,
a estrada que corria junto ao litoral norte seguia de Salvador
por 50 km, até a Praia do Forte.
E ali terminava. Para se chegar
até Imbassaí era preciso ir andando mais de 10 km pela
praia, ou de barco, ou ainda por
estradinhas de terra.
Com a abertura da linha Verde, que continuou a estrada até
a divisa com Sergipe, a situação
do vilarejo de pescadores mudou, mas não muito, já que o
complexo Costa do Sauípe, um
tanto à frente, atraiu bem mais
atenções. Sorte de Imbassaí,
que segue calma como poucas
praias o são a menos de uma
hora da metrópole baiana.
Assim, encaixada ou escondida entre as duas vizinhas
bem mais famosas -Forte e
Sauípe-, a praia da vila de pescadores encontrou sua vocação. A despeito de um pequeno
comércio e de pousadas charmosas, ainda é um lugar natural em que o rio Imbassaí é usado pelos locais para lavar a roupa e a louça.
Para chegar à praia é preciso
atravessar a ponte sobre o rio
ou pegar um dos barcos que fazem a travessia de minutos. O
rio corre paralelamente à praia
e forma uma pequena faixa elevada, como se fosse uma duna.
Não é preciso de muito, além
de um velho traje de banho, para ficar nesse ritual de mergulhar na água do mar e na do rio
sem ser incomodado por vendedores ambulantes.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)
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