São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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36 HORAS E 1/2 NA CIDADE DA BAHIA

Alugue um carro e dê fugida até Imbassaí

Até início dos anos 90, era preciso ir andando mais de 10 km de barco ou por estrada de terra para chegar

DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

Perto de concorrentes como o histórico Pelourinho, a onipresente musicalidade e a cada vez mais cosmopolita vida gastronômica, é difícil sugerir um destino de praia para marinheiros de primeira viagem que passam poucas horas em Salvador. Mas um endereço certamente vale a praia, Imbassaí.
Até lá, quem se rende ao velho calção de banho deve percorrer 60 km no rumo norte pela bem-conservada Estrada do Coco, que depois vira a Linha Verde. Mas convém acordar cedo e pegar a rodovia antes do trânsito, que costuma ser pesado nos finais de semana. O vilarejo tem certa infra-estrutura, mas não perdeu o jeito de paraíso perdido. A faixa mais povoada da areia fica junto às barracas, nem sempre abertas.
No município de Mata de São João, o mesmo em que está a badalada Praia do Forte, outra vantagem em relação à vizinha famosa é que o mar em Imbassaí não tem as pedras que formam piscinas naturais, mas dificultam o banho de mar, típicas da Praia do Forte.
Até o começo dos anos 1990, a estrada que corria junto ao litoral norte seguia de Salvador por 50 km, até a Praia do Forte. E ali terminava. Para se chegar até Imbassaí era preciso ir andando mais de 10 km pela praia, ou de barco, ou ainda por estradinhas de terra.
Com a abertura da linha Verde, que continuou a estrada até a divisa com Sergipe, a situação do vilarejo de pescadores mudou, mas não muito, já que o complexo Costa do Sauípe, um tanto à frente, atraiu bem mais atenções. Sorte de Imbassaí, que segue calma como poucas praias o são a menos de uma hora da metrópole baiana.
Assim, encaixada ou escondida entre as duas vizinhas bem mais famosas -Forte e Sauípe-, a praia da vila de pescadores encontrou sua vocação. A despeito de um pequeno comércio e de pousadas charmosas, ainda é um lugar natural em que o rio Imbassaí é usado pelos locais para lavar a roupa e a louça.
Para chegar à praia é preciso atravessar a ponte sobre o rio ou pegar um dos barcos que fazem a travessia de minutos. O rio corre paralelamente à praia e forma uma pequena faixa elevada, como se fosse uma duna. Não é preciso de muito, além de um velho traje de banho, para ficar nesse ritual de mergulhar na água do mar e na do rio sem ser incomodado por vendedores ambulantes.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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