São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2007

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Adolescente faz alemão deixar o mau cheiro da laguna para lá

DO ENVIADO ESPECIAL

De tamanho desproporcional à sua fama, "Morte em Veneza" só tem 114 páginas. Elas contam as férias do consagrado escritor Aschenbadt, que, cansado de sua rotina de trabalho em Munique, vai parar no Lido, a praia de Veneza, no verão.
Suas férias são instáveis: o cheiro da laguna e o ar carregado do siroco (o vento quente que sopra no Mediterrâneo, vindo do norte da África) o deixam mal, mas sua súbita paixão por Tadzio (um adolescente de quem não se revela a idade) o faz deixar o mau cheiro para lá.
Dividido entre sua vida produtiva em Munique e sua vida mais intuitiva em Veneza, entre seguir o intelecto ou despachá-lo de volta para a Alemanha, Aschenbadt reflete: "A suprema ventura do escritor é o pensamento capaz de tornar-se por inteiro sentimento, e o sentimento capaz de tornar-se por inteiro pensamento".
Além do Lido, o livro tem cenas na piazza San Marco, no Grande Canal e nas embarcações -gôndolas incluídas, claro: o protagonista até discute com um gondoleiro ilegal. (TM)


LIVRO - "Morte em Veneza"
Thomas Mann; ed. Relógio D'Água, 114 págs., R$ 30,50


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