São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Evite perrengues que, infelizmente, acontecem por lá

Bolsas violadas e notas falsas estão entre os golpes que mais vitimam turistas brasileiros que visitam a capital

Na volta, companhias aéreas permitem trazer apenas uma mala de 23 kg por pessoa; o excesso custa R$ 10,50 por quilo

DA ENVIADA A BUENOS AIRES

Num sábado, por volta das 15h, a rua Florida é um formigueiro humano. O segundo idioma extraoficial é o português, tamanha é a quantidade de brasileiros transitando por uma das vias mais comerciais de Buenos Aires.
Foi lá, nesse horário, que ocorreu um furto de uma viajante brasileira que acompanhava a reportagem.
Enquanto escolhia, agachada, lenços de ambulantes que estendem artesanatos na rua -cuja estrutura é em formato de calçadão- a carteira foi levada de dentro da bolsa. Além da dor de cabeça, o prejuízo foi contabilizado por volta de 200 pesos (uns R$ 82) e um cartão de crédito.
A beleza da capital argentina também projeta a sua sombra, um lado obscuro, que pode trazer problemas para turistas brasileiros.
Além de um furto sofrido, é possível ser alvo de desconfiança por prática (!) de furto. Em avenidas movimentadas e comerciais, como a Santa Fé e a Corrientes, não estranhe se vendedores ficarem xeretando próximos a você.
Sendo mulher, relaxe se, ao efetuar uma compra, o lojista pedir para que mostre sua (grande) bolsa. Não é uma atitude corriqueira -tampouco elegante- no comércio local.
Mas, enquanto a Folha esteve por lá, um canal de televisão argentino exibia reportagem narrando quais furtos perpetrados por mulheres têm sido mais comuns-daí, provavelmente, é que provém essa atenção dos lojistas.
Abstraia também as condições de atendimento. Os portenhos costumam ser mais relaxados no quesito de bajulação do cliente -não ligue, por exemplo, se o atendente deixar você se virar ao provar um calçado em alguma loja, ou se lhe contrariar calorosamente quando algum produto lhe parece insatisfatório.
É nessa hora que a fama passional e belicosa do argentino mais transparece.

TÁXIS DILETANTES
O viajante mais desavisado que opta por pagar o táxi com uma nota de cem pesos (R$ 41) se vê diante de duas hipotéticas, porém muito comuns, situações: a reclamação do taxista sobre o alto valor fornecido e/ou o troco devolvido em notas que não circulam mais -situação relatada em sites de viagens.
Portanto, ter dinheiro trocado para evitar problemas dessa natureza é fundamental. Uma dica é sacar 90 pesos, por exemplo, para ter trocados. Ou comprar alguma bugiganga qualquer no supermercado. Também vale navegar no site do Banco Central argentino (bcra.gov.ar) para ver como são as notas verdadeiras, e evitar um possível e ardiloso truque.

ENTRANDO E SAINDO
Preste atenção a um detalhe que parece irrisório, porém fundamental no caso de não querer tomar um susto. Independentemente da documentação (RG, que é permitido nos países do Mercosul, ou passaporte), a imigração argentina lhe dá um papel de entrada no país. Não o ignore. Ele é fundamental para a saída, sob exceção de pagar uma multa de cem pesos em uma hipotética perda.
A bagagem também pode ser pesada no bolso: só uma mala de 23 kg por passageiro é permitida.
Extrapolando, paga-se caro: por volta de 25 pesos (R$ 10) por quilo excedente. (MARINA LANG)



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