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ÀS MARGENS DO NILO
"Basheesh" é uma das palavras mais ouvidas nos passeios pelos sítios arqueológicos; quer dizer "gorjeta"
Fique atento aos preços e à abordagem dos cairotas
DA ENVIADA ESPECIAL
Jamais entre num táxi, barco
ou trem no Egito sem antes negociar o preço do serviço. Isso
vale também para camelos e
charretes. Perguntar o valor
depois pode significar um sobrepreço no serviço.
Também acerte antes o serviço dos guias turísticos. Nos
principais sítios históricos do
país, e até no Museu Egípcio, há
guias credenciados pelo governo que oferecem seus serviços
em diversas línguas -inclusive
em português, embora não seja
comum. O preço varia de R$ 15
a R$ 40 por cerca de uma hora
de explicações.
Nos sítios históricos, idosos
vestindo camisolões e turbantes costumam oferecer serviços
de guia e pedem gorjeta (basheesh) para aparecer nas fotos
ou indicar algum bom ângulo
para fotografias. Também combine antes o preço com eles.
Policias especializados em
monitorar os monumentos históricos também pedem uma
gorjeta para liberar o acesso a
uma tumba ou para dar informações aos turistas.
A população do Egito é, em
geral, pobre (PIB per capita estimado em US$ 2.250 em 2009,
no Brasil é US$ 13.000), e muitos vivem dos serviços oferecidos aos turistas.
Passear pelo Cairo, principalmente próximo aos monumentos históricos, é ficar exposto ao assédio e à hospitalidade. Facilmente identificável
em relação à população local, o
turista é abordado continuamente por cairotas ávidos em
ajudar. A abordagem segue um
padrão com a inevitável pergunta em inglês: "Where are
you from? (De onde você é?)".
Ao ouvir a resposta, a reação,
em geral, é a mesma: "Brazil!
Good football", para em seguida puxar conversa e sugerir um
restaurante, loja ou souk, onde
recebem uma comissão.
Na abordagem vale dizer que
o local que você procura fechou
ou que a rua onde está localizado não é boa, por exemplo. Taxistas também estão sempre
dispostos a dar indicações.
Independentemente do interesse na comissão, pode ser interessante encarar a sugestão.
A dica de um taxista me levou
até as caixinhas de marchetaria
mais bonitas do Egito.
O Cairo é uma metrópole
com relativamente baixos índices de violência urbana. Um
passeio pelas ruas do centro da
capital é uma boa oportunidade
para explorar a cidade. Há eficientes placas de informações
em inglês em diversos lugares.
A melhor época para visitar o
Egito é entre outubro e abril,
quando as temperaturas não
estão tão altas. Mesmo assim, é
recomendável começar cedo os
passeios e fugir do calor mais
intenso. Geralmente, as lojas e
mercados fecham no início da
tarde e voltam a abrir a partir
das 17h.
(SÍLVIA FREIRE)
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