São Paulo, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

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ÀS MARGENS DO NILO
"Basheesh" é uma das palavras mais ouvidas nos passeios pelos sítios arqueológicos; quer dizer "gorjeta"

Fique atento aos preços e à abordagem dos cairotas

DA ENVIADA ESPECIAL

Jamais entre num táxi, barco ou trem no Egito sem antes negociar o preço do serviço. Isso vale também para camelos e charretes. Perguntar o valor depois pode significar um sobrepreço no serviço.
Também acerte antes o serviço dos guias turísticos. Nos principais sítios históricos do país, e até no Museu Egípcio, há guias credenciados pelo governo que oferecem seus serviços em diversas línguas -inclusive em português, embora não seja comum. O preço varia de R$ 15 a R$ 40 por cerca de uma hora de explicações.
Nos sítios históricos, idosos vestindo camisolões e turbantes costumam oferecer serviços de guia e pedem gorjeta (basheesh) para aparecer nas fotos ou indicar algum bom ângulo para fotografias. Também combine antes o preço com eles.
Policias especializados em monitorar os monumentos históricos também pedem uma gorjeta para liberar o acesso a uma tumba ou para dar informações aos turistas.
A população do Egito é, em geral, pobre (PIB per capita estimado em US$ 2.250 em 2009, no Brasil é US$ 13.000), e muitos vivem dos serviços oferecidos aos turistas.
Passear pelo Cairo, principalmente próximo aos monumentos históricos, é ficar exposto ao assédio e à hospitalidade. Facilmente identificável em relação à população local, o turista é abordado continuamente por cairotas ávidos em ajudar. A abordagem segue um padrão com a inevitável pergunta em inglês: "Where are you from? (De onde você é?)".
Ao ouvir a resposta, a reação, em geral, é a mesma: "Brazil! Good football", para em seguida puxar conversa e sugerir um restaurante, loja ou souk, onde recebem uma comissão.
Na abordagem vale dizer que o local que você procura fechou ou que a rua onde está localizado não é boa, por exemplo. Taxistas também estão sempre dispostos a dar indicações.
Independentemente do interesse na comissão, pode ser interessante encarar a sugestão. A dica de um taxista me levou até as caixinhas de marchetaria mais bonitas do Egito.
O Cairo é uma metrópole com relativamente baixos índices de violência urbana. Um passeio pelas ruas do centro da capital é uma boa oportunidade para explorar a cidade. Há eficientes placas de informações em inglês em diversos lugares.
A melhor época para visitar o Egito é entre outubro e abril, quando as temperaturas não estão tão altas. Mesmo assim, é recomendável começar cedo os passeios e fugir do calor mais intenso. Geralmente, as lojas e mercados fecham no início da tarde e voltam a abrir a partir das 17h. (SÍLVIA FREIRE)


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