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CAPITAL LÍGURE
Cidade garante bons passeios sem enxames de turistas
Com aura de grande metrópole italiana, Gênova abriga bons museus, centro medieval e comércio vibrante
DO ENVIADO ESPECIAL A GÊNOVA
Mais barata -e bem menos
turística- que Milão, Roma,
Veneza ou Florença, Gênova
tem a aura de uma grande metrópole italiana, bons museus,
uma centro medieval que acaba
na antiga área portuária remodelada e, também, grandes avenidas de comércio vibrante, caso da via 20 Settembre.
Para arrematar esse ambiente urbano acolhedor, há galerias, como a Mazzini, próxima
da piazza De Ferrari, e ruas repletas de lojinhas, caso da via
San Vincenzo, próxima do mercado Orientale.
Além do comércio autêntico
e variado da via San Vincenzo,
onde há de roupas a ferramentas e joalherias, o passeio pode
esticar até a via Galata, 96, onde
uma loja vende brinquedos dignos de marmanjos, incluindo
trenzinhos, carros e barcos.
Na piazza Metteotti, diante
do Palazzo Ducale e próximo da
piazza De Ferrari, um quiosque
de informações turísticas dá dicas de programas culturais e
fornece mapas da cidade. O local pode ser contatado pelo
email genovainforma@solidarietaelavoro.it. Outros dois
sites dão informações valiosas
para planejar passeios: www.apt.genova.it e www.genovatouristboard.net.
História
Fundada pelos ligúrios diante de um golfo, numa região cujos sinais de civilização datam
do século 4º a.C, Gênova fica
encarapitada numa extremidade do Mare Nostrum dos romanos, numa esquina do Mediterrâneo que está nos mapas com
o nome de mar Lígure.
Tem, assim, um compromisso com a história, com o comércio marítimo e com a aventura.
Chamada de "A Soberba", lutou com os venezianos -nem
sempre levando a melhor-, foi
bombardeada em 1684 por ordem de Luís 14, tornou-se capital da República Ligúrica, em
1789, sendo incorporada à
França Imperial, em 1805.
Da época dos doges, governantes que conduziram a cidade, restaram palácios aristocráticos no entorno da via Garibaldi, chamada, então, de Strada
Nuova. Na via Balbi, o palácio
Doria Tursi abriga a prefeitura
e foi edificado a partir de 1565
por Nicolò Grimaldi, aristocrata que emprestou dinheiro para
o rei espanhol Felipe 2º.
No acervo desse palácio há
inclusive documentos relacionados a Cristóvão Colombo
(1541-1506), navegador que teria nascido em Gênova, nos arredores da Porta Soprana, antiga entrada medieval da cidade
edificada no século 12.
Na via Garibaldi, ficam ainda
os palácios Bianco e Rosso. O
primeiro, na via Garibaldi, 11,
está também relacionado à família Grimaldi e data de 1565.
Abriga, em sua galeria, óleos de
Caravaggio, Van Dyck, Pedro
Paulo Rubens e Zubarán.
Já o palácio Rosso, pintado
de vermelho e inaugurado em
1677, tem pintura de Dürer,
Strozzi e Veronese.
Mas, falando em Giuseppe
Garibaldi, há, próximo da piazza de Ferrari e diante do teatro
Carlo Felice, uma estátua
eqüestre do herói nacionalista
que, nascido em 1807, em Nizza
(atual Nice), tentou fugir de casa rumo a Gênova, aos 12 anos,
para se tornar marinheiro.
Garibaldi conheceria o genovês Giuseppe Mazzini em 1831,
entrando na Jovem Itália, então uma sociedade secreta que
queria unificar a Itália expulsando dominadores estrangeiros e fundar uma república.
Ele voltaria a Gênova com
mil homens, não sem antes viajar pelo mundo e exilar-se na
América do Sul. Herói do Risorgimento, libertou a Lombardia
do domínio austríaco e, zarpando de Gênova, desembarcou na
Sicília, em 1860, para lutar contra a ocupação bourbônica. Essa história patriótica é contada
no museu do Risorgimento/
Instituto Mazziniano (www.istitutomazziniano.it), na via Lomellini, 11.
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