São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

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CAPITAL LÍGURE

Mercado atrai caçador de tempero

Na principal avenida da cidade, vendem-se tomates enormes, carne de cavalo e muito tempero italiano

DO ENVIADO ESPECIAL A GÊNOVA

Como se chama esse "pomodoro"? ""Pomodoro!'", respondeu, com soberba, um feirante do mercado Orientale (www.mercatoorientale.org), o maior de Gênova, instalado num amplo espaço edificado a partir de 1699, atrás da igreja de Nossa Senhora da Consolação, na via 20 Settembre, para abrigar um convento.
A dúvida com relação ao tomate tinha, no entanto, razão de ser. Entre a imensa variedade de tomates à venda numa banca de verduras, havia um tipo enorme e intrigante, com gomos que pareciam os de uma pequena abóbora vermelha.
O mercado Orientale é, por isso, um templo dos caçadores de ingredientes -italianos e regionais- que parecem saídos de um óleo do pintor Giuseppe Arcimboldo (1527-1593), artista barroco que fazia quadros quase surrealistas com imagens de personagens compostos de abobrinhas, peixes, flores, frutas e pepinos.
Instalado próximo do local onde ficava a porta oriental de Gênova, então amuralhada, esse grande mercado se consolidou como ponto de comércio no século 18, quando a capital da Ligúria viveu um período de intensa expansão urbana.
Em 1893, a prefeitura encarregou o engenheiro Veroggio de adaptar a estrutura e de projetar um novo mercado Orientale, readequando o claustro do convento da Consolação.
Ultimada a reforma, o mercado foi aberto há 210 anos, em 1898, com uma grande exposição de flores.

Ampla escolha
Embora as entradas principais do mercado Orientale fiquem na própria via 20 Settembre, a principal avenida genovesa, ele também pode ser acessado por entradas laterais. São duas a partir da via Colombo, uma desde a padaria da praça Colombo e outras duas que ligam o local à via Galata, um calçadão comercial antigo e movimentado.
Aberto de segunda a sábado, das 7h30 às 13h e das 15h30 às 19h30, o mercado Orientale vende literalmente de tudo. Além de flores, frutas e verduras, há peixarias com crustáceos, peixes-espada e atuns, açougues (de carne de cavalo, inclusive), charcutarias, boxes que vendem temperos, produtos de granja, congelados, pães, massas frescas, produtos típicos, como queijos e molho pesto pronto para fazer uma macarronada, e até roupas, lãs, bijuterias e sapatos. (SILVIO CIOFFI)


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